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Cunha rebate acusações e questiona ausência de membros do PT e do governo em denúncia

Denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, presidente da Câmara diz que procurador-geral da República e governo escolheram investigá-lo

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 ago 2015, 19h35

Duas horas depois de ser denunciado pelo Ministério Público, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu por meio de nota as acusações de envolvimento no propinoduto da Petrobras e voltou a dizer que foi escolhido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e pelo governo para ser investigado. O peemedebista destacou que não participa de qualquer “acordão” e questionou a ausência de nomes petistas ou do governo na primeira denúncia contra políticos.

“Não participei e não participo de qualquer acordão e, certamente, com o desenrolar, assistiremos à comprovação da atuação do governo, que já propôs a recondução do procurador, na tentativa de calar e retaliar a minha atuação política”, escreveu o peemedebista nesta quinta-feira.

O presidente da Câmara, que se tornou um dos principais desafetos do Planalto desde que assumiu o comando da Casa, disse ainda “estranhar” o fato de não ter nenhuma denúncia contra membros do PT ou do governo. No rol dos acusados por delatores estão, por exemplo, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.

“À evidência de que essa série de escândalos foi patrocinada pelo PT e seu governo, não seria possível retirar do colo deles e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT, os inúmeros ilícitos praticados na Petrobras”, disse, que acrescentou ainda estar “aliviado” com o fato de que a denúncia agora passa para a esfera do Poder Judiciário.

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A nota divulgada no início desta noite começou a ser escrita na quarta-feira. Após a ação ser protocolada no supremo, nesta quinta, o peemedebista se reuniu com seus principais aliados para concluir o documento. Durante a revisão, acatou as sugestões de que deveria ser mais equilibrado e retirou da nota palavras consideradas agressivas.

“Em 2013, por outro motivo, fui denunciado pelo Ministério Público Federal. A denúncia foi aceita pelo pleno do STF por maioria e, posteriormente, em 2014, fui absolvido por unanimidade. Isso corrobora o previsto na Constituição Federal da necessidade do princípio da presunção da inocência”. Ao concluir o documento, o chefe da Câmara disse que “confia plenamente” na isenção e na imparcialidade do STF para “conter essa tentativa de injustiça”.

Adversários – Embora descarte qualquer possibilidade de renunciar, Cunha enfrenta a pressão de adversários para que se afaste do comando da Câmara. Após a denúncia chegar ao Supremo, deputados de partidos como o PSOL, PT e PSB começaram a colher assinaturas de apoio a documento em que afirmam que a situação do peemedebista é “insustentável”. A reação, no entanto, não tem nenhum efeito prático. Principal caminho para que seja cassado, o processo no Conselho de Ética ainda é descartado pelos opositores de Cunha. Eles decidiram aguardar o STF decidir se acata a denúncia para ingressar no colegiado.

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