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Crise no Esporte faz Orlando Silva voltar do Pan mais cedo

Planalto marcou reunião de emergência com o ministro, que acompanhava a delegação brasileira na competição, no México, para tratar de novo escândalo

Por Da Redação
17 out 2011, 07h29

A crise em que o Ministério do Esporte está submerso desde sábado – quando chegou às bancas a edição de VEJA em que um militante do PC do B acusa o ministro Orlando Silva de envolvimento num esquema de corrupção operado na pasta – fez com que o Planalto promovesse uma reunião emergencial sobre o assunto. Para tanto, o governo determinou que Silva antecipasse seu retorno de Guadalajara, no México, onde estava acompanhando os Jogos Pan-Americanos.

De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo, Orlando Silva reuniu-se na noite deste domingo com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O encontro ocorreu na casa de Gleisi em Brasília.

Em entrevista a VEJA, o policial militar João Dias Ferreira, preso em 2010 ao lado de outras quatro pessoas acusadas de desviar dinheiro de um programa criado pelo governo federal para incentivar crianças carentes a praticar atividades esportivas, revela detalhes de como funciona a engrenagem que, calcula-se, pode ter desviado mais de 40 milhões de reais nos últimos oito anos.

O PM conta que Silva chegou a receber, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério do Esporte, remessas de dinheiro vivo provenientes da quadrilha: “Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem”, afirma. João Dias dá o nome da pessoa que fez a entrega. Parte desse dinheiro foi usada para pagar despesas da campanha presidencial de 2006.

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Ainda segundo o jornal, o titular do Esporte afirmou, durante a reunião com os ministros que “vai às últimas consequências” para provar que não está envolvido com as irregularidades. Dos colegas, ouviu que é importante que ele se antecipe a novas revelações e a pedidos da oposição e preste esclarecimentos o quanto antes.

Apesar de sua assessoria ter sido procurada na quinta-feira por VEJA, só após o fechamento da revista, na noite de sexta-feira, é que Orlando Silva fez contato com a reportagem. O ministro se disse “chocado”. Afirmou que sabia das ameaças do policial há algum tempo. “Durante um ano esse sujeito procurou gente do ministério e fez ameaça, insinuação. E qual foi a nossa posição? Amigo, denuncie, fale o que você quiser. Por quê? Porque como nós temos convicção de que o que foi feito foi o correto, nós não tememos. E falávamos para ele: não nos interessa. Ele falava que existia um dossiê, que ia denunciar… A resposta era: faça, procure o Ministério Público, a polícia, a justiça, faça o que você quiser fazer”, afirmou.

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