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Construtora de ciclovia que desabou no Rio é da família de secretário de Paes

Avô do secretário de Turismo da cidade, Antônio Pedro Viegas Figueira de Mello, é o fundador da Concremat. Inaugurada em janeiro, obra custo 45 milhões de reais

Por Da Redação
21 abr 2016, 20h58

A empreiteira Concremat, responsável pela construção da ciclovia Tim Maia, que desabou nesta quinta-feira no Rio, pertence à família do secretário de Turismo da cidade, Antônio Pedro Viegas Figueira de Mello. Ao menos duas pessoas morreram no desabamento de um trecho da ciclovia, inaugurada em janeiro deste ano. A Concremat foi fundada por Mauro Ribeiro Viegas, avô do secretário, e hoje tem como diretor-presidente Mauro Viegas Filho.

A obra da ciclovia custou 45 milhões de reais e começou a ser construída em setembro de 2014. Em seu site, a Concremat afirma que o consórcio Contemat Geotecnia/Concrejato foi contratado pela Fundação Geo-Rio, braço da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura, para executar a contenção de encosta e a estabilização da área para a implantação da ciclovia.

Em informativo de outubro de 2015, a Concremat divulgou um texto em seu site sobre a ciclovia Tim Maia em que o gerente técnico Jorge Schneider explicou que “cerca de metade da extensão total da ciclovia foi concebida com uma estrutura independente, projetada ao lado e à jusante da Avenida Niemeyer”. Segundo a Concremat, ao longo do percurso, “foram executadas contenções com cortinas atirantadas, contra-fortes atirantados e muretas de contenção chumbadas”. “Para a proteção dos taludes resultantes de escavações para a construção das fundações, foram também aplicadas as técnicas de solo grampeado e rip-rap”, informou a empreiteira.

O informativo da empreiteira disse ainda que “com a impossibilidade de interdição da via durante o dia para as concretagens, além de dificuldades de escoramento por conta da altura e das irregularidades da encosta”, a solução encontrada foi de pré-moldagem das estruturas.

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Cerca de 50 metros da ciclovia foram levados pela ressaca do mar de São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. Eduardo Marinho Albuquerque, de 53 anos, e um homem de 45 anos, cuja identidade não foi divulgada, foram as duas vítimas. Outras três pessoas teriam ficado feridas. O corpo de Albuquerque foi identificado por um cunhado no local. Os dois corpos foram localizados no mar de São Conrado.

A Concremat, que nega influência do secretário no processo de contratação, afirma que “o Consórcio Contemat-Concrejato informa que uma equipe técnica da empresa já se encontra no local, trabalhando em coordenação com a Secretaria Municipal de Obras. As prioridades neste momento são garantir o atendimento às vítimas e seus familiares e avaliar as causas do acidente.”

(com Estadão Conteúdo)

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