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Cinzas do vulcão chileno provocam cancelamento de 35 voos no Brasil

Voos com destino e origem de Argentina, Uruguai e Chile foram prejudicados. Força Aérea Brasileira não identificou presença da poeira vulcânica no espaço aéreo do país

Por Adriana Caitano
9 jun 2011, 15h25

A nuvem de cinzas decorrente do vulcão chileno Puyehue, que entrou em erupção no último sábado, provocou o cancelamento de pelo menos 35 voos em três aeroportos brasileiros de meia-noite às 14h desta quinta, sendo 23 partidas e 12 chegadas. De acordo com a Infraero, a maior parte dos voos suspensos tinha Buenos Aires como origem ou destino e os demais eram de ou para Santiago, no Chile, Montevidéu e Punta del Leste, no Uruguai.

Os aeroportos afetados no Brasil foram Guarulhos, em São Paulo, Galeão, no Rio de Janeiro, e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que tinham voos das companhias aéreas TAM, Gol, Aerolíneas, Lan e Pluna marcados. A orientação para a suspensão de partidas e chegadas veio dos órgãos de controle aéreo dos países atingidos pela nuvem de cinzas.

As cinco empresas aéreas que operam no Brasil e tiveram voos cancelados por causa do vulcão divulgaram em seus sites informações aos passageiros. A GOL destaca que cancelou todas as operações do dia com origem e destino nos aeroportos internacionais de Buenos Aires, na Argentina e Montevidéu, no Uruguai, e vai providenciar a reacomodação ou o reembolso das passagens sem cobrança de taxas. “A GOL lamenta pelo desconforto, mas volta a ressaltar que opera sob um rigoroso padrão de segurança e que só restabelecerá as decolagens quando encontrar as condições necessárias para fazê-lo sem riscos”, diz a nota da companhia.

A Aerolíneas da Argentina cancelou alguns voos até o próximo domingo e outros poderão ser retomados ainda nesta quinta. “Os passageiros afetados por estes voos poderão deixar suas passagens abertas por um ano a partir da data de emissão, podendo atualizá-los sem penalidade alguma”, ressalta a empresa. A Tam, a Lan e a Pluna também afirmam estar prestando a assistência necessária aos passageiros afetados pelos cancelamentos.

Argentina – Pela manhã, os voos dos principais aeroportos argentinos haviam sido cancelados por algumas horas. Nesta tarde, de acordo com o jornal argentino El Clarín, ficou decidido que todas as operações dos aeroportos Ezeíza e Aeroparque permaneceriam suspensas até o final do dia.

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A primeira reunião do Conselho de Economia e Finanças da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que estava prevista para esta sexta, na Argentina, também teve que ser cancelada. O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, já havia anunciado que não poderia ir para o encontro. A viagem estava marcada para esta manhã.

Brasil – De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), na quarta-feira um avião sobrevoou a região das fronteiras do Brasil com o Uruguai e a Argentina e não detectou nenhuma incidência da poeira provocada pelo vulcão no espaço aéreo brasileiro. Na tarde desta quinta, porém, o Centro de Monitoramento Argentino divulgou um relatório indicando que as cinzas podem chegar ao Rio Grande do Sul.

O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) da FAB destaca que, ainda que isso aconteça, a malha aérea brasielira não deverá ser afetada. O CGNA tem feito um monitoramento constante da situação, coletando dados com o Volcanic Ash Advisory Centres da Argentina, instituto internacional responsável por acompanhar o espaço aéreo nessa região da América do Sul.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), também vinculado à FAB, alerta que as nuvens vulcânicas contêm um componente semelhante ao vidro e que, em contato com as turbinas dos aviões, pode derreter e provocar danos, como o apagamento dos motores das aeronaves. As cinzas podem ainda tirar a visibilidade dos pilotos e prejudicar a respiração de passageiros e da tripulação com gases tóxicos.

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