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Cardozo: situação na Bahia se normalizará até o carnaval

Segundo ministro da Justiça, presidente Dilma Rousseff pediu empenho para o retorno da ordem pública. Ele não descartou reforço no efetivo. Policiais militares estão em greve desde terça-feira, levando medo às ruas

Por Luciana Marques
6 fev 2012, 20h31

Apesar do agravamento dos confrontos na Bahia nesta segunda-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, diz que a situação deverá estar sob o controle até o carnaval, daqui a duas semanas. Nesta segunda, mais de 1 000 homens do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Tropa de Choque da Polícia Militar cercaram a Assembleia Legislativa da Bahia em Salvador, onde policiais militares acampam com suas famílias desde terça-feira, dia em que deram início à greve. Os grevistas do lado de fora avançaram contra as tropas, que reagiram com balas de borracha e bombas de efeito moral.

“Sinceramente acho que a situação será normalizada até o carnaval”, disse o ministro ao site de VEJA. “Baianos e turistas poderão usufruir das festas carnavalescas por mais que os maus policiais usem métodos ilícitos. É preciso diferenciar reivindicação, debate e direito de greve do crime, do vandalismo e da tentativa de intimidação.”

O ministro conversou com a presidente Dilma Rousseff nesta manhã no Palácio da Alvorada. Ele disse que preparou relatórios sobre o caso e que a presidente está informada sobre todos os fatos. “Ela pediu para que não poupássemos esforços para garantir a ordem pública e a paz”, afirmou. Cardozo disse que o governo federal está tomando todas as medidas necessárias para equacionar o problema. E, se preciso, irá ampliar o efetivo de homens da Força Nacional, das Forças Armadas e da Polícia Federal na região, que hoje somam 4 000.

“Tudo o que pudermos fazer será feito, como aumento de contingenciamento e cumprimento de ordens judiciais”. O ministro garantiu que não houve abuso de poder na ação. Segundo ele, o Planalto não vai tirar a autonomia do governo baiano, comandado pelo petista Jaques Wagner, para negociar com os grevistas.

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DEM – O ministro da Justiça também rebateu críticas de democratas sobre o modo como o governador da Bahia e o PT estão lidando com a greve de policiais militares. E atribuiu as críticas à disputa eleitoral, já que o deputado ACM Neto (DEM-BA) pode ser candidato à prefeitura de Salvador. “Há questões que são maiores do que a disputa eleitoral”, disse Cardozo.

Reunidos em São Paulo para discutir a sucessão municipal, os democratas responsabilizam as gestões estadual e federal pela crise. “O PT não foi capaz de evitar uma greve que está colocando a população em estado de choque”, disse o presidente nacional do partido, José Agripino Maia (RN). “Eles não conseguiram se antecipar e agora estão colocando as tropas federais em conflito com agentes de segurança do estado, sobrando insegurança para a população”.

ACM Neto também atacou a gestão petista: “O governador não se preparou para a greve, subestimou um movimento que já começou grande e demorou pra tomar as providências necessárias”.

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