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Bruno e Macarrão: a amizade acabou?

Goleiro do Flamengo, assim como seus dois primos, atribui responsabilidade sobre morte de Eliza a seu funcionário, que declarou a ele “amor verdadeiro”

Por Da Redação
19 jul 2010, 11h20

Bruno afirmou, dentro de avião que o levava do Rio para Belo Horizonte, que suspeita de Macarrão

A tatuagem de ombro a ombro, nas costas de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, sela uma amizade eterna entre ele e o patrão – ou amigo – Bruno Fernandes. Enquanto a morte bárbara da jovem Eliza Samudio permaneceu oculta, o pacto vigorou. Mas à medida que ganha corpo o conjunto de provas e depoimentos que incriminam a dupla, o “amor verdadeiro” se esvai, e de suas celas individuais no presídio Nelson Hungria, em Contagem (MG), os suspeitos começam a se movimentar para salvar a própria pele.

No voo de transferência do Rio para Belo Horizonte, no dia 8, o relacionamento fraternal já dava sinais de que tinha azedado. O vídeo exibido na noite de domingo pelo Fantástico, da TV Globo, pouco ou nada acrescenta às investigações, mas dá a medida do que acontece quando cúmplices se vêem isolados e começam a pensar e agir em defesa própria. “Por tudo o que aconteceu é difícil acreditar nele. Pelo que estou vendo, tudo em volta, tudo o que está acontecendo, estou chocado”, afirmou o goleiro, dando a medida de seu desapontamento e de sua surpresa com as dimensões da trama.

O amigo, que tatuou nas costas “Bruno e Maka, a amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro”, estava sentado a algumas pontrolas dele, dentro de um jatinho de menos de 20 lugares. Horas antes, os dois haviam sido transportados no mesmo camburão, ombro a ombro.

Bruno, principal suspeito de ser o mentor do sequestro e morte de Eliza, é o terceiro a jogar nas costas de Macarrão a responsabilidade maior sobre o crime. O primeiro foi o menor J., 17 anos, primo do jogador, que atribui a Macarrão, em seus depoimentos, a ideia de “dar um susto” em Eliza. Em todos os seus depoimentos, J. afirma que Bruno não estava na cena do assassinato e, só no último deles, na quarta-feira da semana passada, admitiu que Bruno, a certa altura, ficou sabendo das agressões e da morte da jovem.

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O segundo a proteger Bruno e lançar a culpa sobre Macarrão foi Sérgio Rosa Sales, 22 anos, também primo de Bruno. Em seu primeiro interrogatório, ele afirmava categoricamente que o goleiro esteve na casa onde Eliza teria sido morta, em Vespasiano. Na semana passada, Sales voltou atrás: disse que Bruno, na noite do dia 9, quando Eliza foi estrangulada, o goleiro permaneceu no sítio, em Esmeraldas.

Em seu quinto depoimento, prestado à polícia mineira na quarta-feira, 14 de julho, o adolescente J. disse que já sofreu ameaças de Macarrão. “Se abrisse o bico”, algo poderia acontecer a ele, a exemplo do que foi feito com Eliza. O mesmo aconteceu com Sérgio, que relatou ter sofrido a mesma ameaça no Rio de Janeiro, em um encontro com o funcionário do goleiro.

O advogado que defende Bruno e Macarrão, Ércio Quaresma, afirmou na manhã desta segunda-feira que o vídeo foi gravado “sorrateiramente” e que seu cliente poderia estar falando espontaneamente ou “interpretando”. O presidente da seção Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, afirmou que, caso Bruno venha a registrar em depoimento suas suspeitas sobre Macarrão, Quaresma não poderá mais ter os dois como clientes, pois passa a haver conflito de interesses entre os dois suspeitos.

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