Restaurante no Itaim Bibi é alvo de arrastão
Bando levou pertences de cerca de vinte pessoas que jantavam no local e fugiu a pé na noite desta quinta-feira
Bandidos fizeram um arrastão na noite desta quinta-feira no restaurante Ruella, no Itaim Bibi, Zona Oeste de São Paulo. Pelo menos três homens, um deles armado, levaram pertences de cerca de vinte das 100 pessoas que jantavam no local e de uma recepcionista. Em seguida, fugiram a pé. Ninguém foi preso até a manhã desta sexta-feira, segundo as polícias Civil e Militar.
Os assaltantes invadiram o restaurante por volta das 23h. Um deles rendeu os seguranças e manobristas que estavam na porta do bistrô, na Rua João Cachoeira, e os obrigou a entrar no salão de jantar, onde outros dois supeitos abordaram os clientes nas mesas. O bando ameaçou atirar e recolheu bolsas, carteiras, documentos, telefones celulares, joias e relógios, de acordo com três vítimas que registraram o roubo no 14º DP, de Pinheiros. O telejornal Bom Dia SP, da TV Globo, informou que a ação durou cerca de 5 minutos.
O repórter do programa CQC, da Band, Felipe Andreoli, afirmou ter sido uma das vítimas. Ele jantava com a família no restaurante e disse, ao descrever o arrastão em seu blog, que os assaltantes não se preocuparam em cobrir o rosto para evitar a identificação.
“Nossa mesa era a última, no canto, e eles repetiam que quem escondesse algo ia tomar tiro, os caras estavam tão loucos que quando passaram na nossa mesa – nossas carteiras, relógios e celulares em cima da mesa – só levaram a correntinha da minha cunhada e o celular do meu irmão. Num piscar de olhos eles tinham sumido na neblina, como diria (rapper) o Mano Brown”, disse Andreoli.
A Polícia Civil afirmou que dois suspeitos, um rapaz de 18 anos e um menor de 17, foram levados para reconhecimento na delegacia e depois liberados, porque as vítimas não os identificaram. O caso foi registrado como roubo e depois encaminhado para o 15º DP, do Itaim Bibi.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do governo do estado anunciou nesta quarta-feira que os arrastões passarão a ser investigados pelo Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic). A medida é uma forma de averiguar de forma centralizada a onda de arrastões na capital paulista. Antes, os crimes – sempre registrados como roubo – eram investigados pelo Departamento Policial (DP) da área onde ocorreram.
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