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Alunos da USP ferem policiais na cabeça com pedradas

Prisão de três estudantes que fumavam maconha no campus provoca protesto. Cinegrafista da TV Bandeirantes levou tapa na cara quando filmava a confusão

Por André Vargas
27 out 2011, 22h23

A prisão de três estudantes que fumavam maconha dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP) no início da noite desta quinta-feira provocou uma confusão entre alunos do curso de História e policiais militares. Três PMs ficaram feridos no confronto e foram para o hospital, dois deles tiveram ferimentos na cabeça, provocados por pedras jogadas pelos estudantes. Cinco viaturas da corporação e uma da guarda civil foram depredadas pelos manifestantes. O cinegrafista da TV Bandeirantes, Milton Lara Carvalho, foi agredido e ficou ferido no rosto. Ele teve a moto derrubada e câmera danificada. “Estava filmando quando um dos estudantes me deu um tapa na cara”, contou Carvalho, que vai registrar boletim de ocorrência da agressão. Leia também: Renaldo Azevedo: Democracia de farda reprime maconheiros na USP. É o certo! A polícia teve de usar gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispensar os baderneiros, que queriam forçar a liberação dos estudantes da Geografia presos. Apesar da resistência, os três foram levados para o 91º DP, na Vila Leopoldina, mas tiveram de ir até lá no carro da diretora da Faculdade de História, Sandra Nitrine, que tentou o tempo todo evitar o tumulto. “A polícia só disparou gás depois que os estudantes jogaram um cavalete no carro da PM”, afirmou o tenente José Ricardo Caresi. “Os alunos detidos toparam sair do campus com a PM, mas os colegas não deixaram.” Os três estudantes devem ser liberados nesta madrugada, depois de assinarem um termo circunstanciado. Eles foram autuados por porte de droga. A professora Sandra Nitrine, diretora da Faculdade de História tentou conter o tumulto. Agora, ela está na delegacia acompanhando os alunos presos. De acordo com o relato de estudantes, por volta das 18h30, dois policiais militares abordaram três estudantes que fumavam dentro de um carro na entrada da Faculdade de História. Ao verem a droga, os policiais resolveram conduzir os alunos para a delegacia. Nesse momento, outros estudantes começaram um tumulto para impedir que os detidos entrassem na viatura. Foi aí que começou a pancadaria. “O pessoal foi para cima da PM”, disse um aluno da História. Após a saída dos policiais com os três presos, cerca de 300 estudantes organizaram um protesto em que pediam a renúncia do reitor Grandino Rodas, a retirada da PM do campus e a dissolução do Diretório Central dos Estudantes, que, para eles, foi conivente com a polícia. Entre os manifestantes, muitos fumavam maconha. “Eles fumam na cara dura”, constatou um dos seguranças da universidade. Ritual de passagem – Com um acurado senso de oportunidade, políticos do PT correram para a USP assim que souberam da ocorrência. Um dos primeiros a chegar ao local e, depois, a acompanhar os estudantes na delegacia, foi o deputado federal Paulo Teixeira. Para ele, o episódio “foi um exagero de ambas as partes”. “O uso de drogas na faculdade faz parte de um ritual de passagem”, disse à reportagem o deputado do PT. “A presença da PM junto aos estudantes é uma química que não dá certo e gerou esse problema hoje.” A polícia militar passou a patrulhar o campus da USP em setembro, depois de um aluno de Ciências Atuariais ter sido morto no estacionamento da faculdade. A presença da PM no local foi aprovada pelo Conselho Gestor da universidade em maio.

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