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Adiado anúncio de substituto de Sadok de Sá

Escolha do nome de novo diretor do Dnit sairá semana que vem; empresária casada com ex-diretor lucrou 18 milhões de reais em contratos com o órgão

Por Luciana Marques
15 jul 2011, 17h31

Foi adiado o anúncio do substituto de José Henrique Sadok de Sá, que acumulava os cargos de diretor-executivo e diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Afastado nesta sexta-feira, ele ocupava o posto de Luiz Antonio Pagot – que corre o risco de não reassumir a direção-geral do Dnit por causa da revelação, feita por VEJA, de um esquema de corrupção no Ministério dos Transportes. O ministro dos Transportes, Paulo Passos, havia dito, nesta sexta, após reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, que o nome sairia hoje.

“Logo, logo, vou estar designando um diretor para assumir o cargo. Desejo que seja hoje”, disse. Segundo ele, se forem necessários, novos ajustes no comando do Ministério dos Transportes ou do Dnit serão feitos.

Passos confirmou que a substituição de Sadok foi tratada na reunião com Dilma, mas disse que outros assuntos também foram abordados, como as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a liberação das licitações que foram paralisadas após as denúncias de corrupção, que culminaram com a saída do ex-ministro Alfredo Nascimento.

“Vamos liberar gradualmente as licitações e termos aditivos que tenham a ver com a garantia de segurança nas estradas e o que for razoável como, por exemplo, contratos de manutenção”, disse.

Esquema de corrupção – As baixas no Ministério dos Transportes começaram depois que VEJA revelou a existência de um esquema de corrupção na pasta. Pelo esquema, empresários pagavam até 5% de propina sobre os valores dos contratos de obras do Dnit. A quantia era cobrada por representantes da cúpula do ministério e destinada ao caixa de campanha do PR. Pagot era um dos envolvidos no esquema e foi afastado do cargo no mesmo dia da publicação da matéria de VEJA. A Presidência aceitou seu pedido de férias, mas informou que ele seria demitido em seguida.

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No lugar de Pagot, assumiu interinamente José Henrique Sadok de Sá, que foi afastado nesta sexta-feira depois que o jornal o Estado de S. Paulo informou que ele é casado com a dona de uma empresa que lucrou 18 milhões de reais em contratos com o Dnit desde 2006.

Ana Paula Batista Araújo é dona da construtora Araújo Ltda, que foi contratada para tocar obras em rodovias federais. O ministro dos Transportes também determinou a instauração de uma Comissão de Processo Administrativo Disciplinar para apuração dos fatos noticiados pelo jornal.

Agora, o governo deve definir um novo nome para ocupar a direção-geral do Dnit. Petistas articulam para que o cargo fique com um integrante do partido.

(Com Agência Estado)

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