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Trump violou embargo à Cuba em 1998, diz revista

A empresa de Trump teria enviado consultores à Cuba para avaliar possibilidades de negócios, quando qualquer gasto na ilha era proibido

Por Da redação
30 set 2016, 09h23

Uma empresa comandada pelo candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, teria feito negócios na Cuba comunista, durante a gestão de Fidel Castro, mesmo com o embargo que bania relações comerciais entre os dois países. A denúncia foi publicada na quinta-feira pela revista Newsweek, que entrevistou ex-executivos da empresa de Trump e consultou registros internos da companhia, além de documento judiciais.

A papelada mostra que a empresa de Trump gastou pelo menos 68.000 dólares na sua incursão em Cuba em 1998, quando qualquer gasto na ilha estava proibido, a menos que houvesse aprovação do governo americano. O valor, porém, não foi desembolsado diretamente: com o consentimento de Trump, o dinheiro foi encaminhado por meio de uma consultoria americana chamada Seven Arrows Investment and Development Corp. A Seven Arrows mandou representantes à Cuba e, depois, instruiu os executivos da Trump Hotels & Casino Resorts a como fazer um investimento parecer legal, associando-o a um esforço de caridade.

Casualmente, em 1999, Trump começava seus primeiros passos na política e fez um discurso para a comunidade cubana de Miami, Flórida. O magnata criticou Castro e disse que não investiria um dólar na ilha sem uma mudança de regime. Ele não revelou que, sete meses antes, a Trump Hotels já havia reembolsado os consultores da Seven Arrows pelo dinheiro que eles gastaram em uma viagem secreta a Havana, com a intenção de avaliar possibilidades de negócios para a sua empresa.

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Na época, americanos que fossem a Cuba precisavam de autorização específica do governo, que só era concedida para um número limitado de propósitos, como causas humanitárias. Uma empresa americana ou com base no país estava proibida de investir em Cuba, já uma instituição de caridade precisaria arcar com todas as despesas à ilha, incluindo a viagem. Sem obter a licença do governo antes dos consultores viajarem para Cuba, as atividades da Trump Hotels teriam violado a lei federal, segundo especialistas.

De acordo com a revista Newsweek, a campanha de Trump e seu conglomerado não responderam aos e-mails que pediam explicações sobre a viagem a Cuba, nem concederam quaisquer documentos sobre a atividade. Fontes do Departamento do Tesouro afirmaram à revista que, apesar de não poderem provar que a empresa de Trump não recebeu autorização, as possibilidades que um cassino americano poder investir dinheiro na ilha eram “praticamente zero”.

(Com Estadão Conteúdo e EFE)

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