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ONU: três milhões de sírios precisam de alimentos e ajuda

Tropas de Assad torturam jovens em Damasco; rebeldes bombardeiam Alepo

Por Da Redação
2 ago 2012, 07h51

Três milhões de sírios precisam de alimentos e de ajuda para suas colheitas e criação de gado, alertou nesta quinta-feira a Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO), com base em estudos das Nações Unidas e do próprio governo da Síria. Além disso, mais de um milhão de sírios precisam de ajuda na forma de “sementes, rações, combustível e reparo de bombas para regar”.

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Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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Das três milhões de pessoas em extrema necessidade no país, 1,5 milhão de sírios precisam de ajuda alimentar de forma imediata durante os próximos três a seis meses, em especial nas áreas mais afetadas pelo conflito e o deslocamento da população. De acordo com a organização, nos próximos 12 meses “será necessário ampliar a ajuda alimentar e os meios de subsistência, já que o número de pessoas que precisam de ajuda nutricional deve alcançar três milhões”.

Em um cenário de conflito armado, o comunicado afirma que “cultivos estratégicos – como trigo e cevada – foram muito afetados, assim como cerejeiras, oliveiras e a produção de hortaliças”. “Enquanto as implicações econômicas das perdas são muito graves, as consequências humanitárias são muito mais urgentes”, diz, no relatório, o representante do Programa Mundial de Alimentos da ONU na Síria, Muhammad Hadi.

Violência – De fato, as violações aos direitos humanos são cada vez mais graves no país em que dezenas de pessoas são mortas por dia nos confrontos entre as tropas do ditador Bashar Assad e a oposição armada. Na quarta-feira, as forças de segurança sírias mataram 43 jovens após um ataque contra a cidade de Jdeidet Artuz, ao sudoeste de Damasco, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

“As forças do regime invadiram na quarta-feira Jdeidet Artuz, prenderam uma centena de jovens e os levaram para uma escola, onde foram torturados”, afirma uma nota do OSDH. “Na manhã desta quinta-feira, depois da operação, foram encontrados 43 corpos. Alguns jovens foram fuzilados”, completa o texto.

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Alepo – Mas a batalha mais sangrenta no momento acontece em Alepo, de onde o regime tenta expulsar os soldados desertores. As forças rebeldes bombardearam nesta quinta-feira o aeroporto militar de Menagh, 30 quilômetros ao noroeste de Alepo, de onde decolam os helicópteros e aviões que atacam a cidade. “O aeroporto militar de Menagh foi bombardeado por um blindado capturado pelos rebeldes”, afirma um comunicado do OSDH.

O porta-voz da ONU, Martin Nesirky, afirmou na quarta-feira que, segundo a missão das Nações Unidas na Síria, os rebeldes contam em Alepo com armas pesadas, incluindo tanques. Os observadores também afirmaram que as tropas oficiais utilizam caças para bombardear a cidade.

(Com agência France-Presse)

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