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Programa eleitoral republicano: conservadorismo e protecionismo

Documento contém propostas como a construção de um muro na fronteira com o México, a rejeição ao casamento gay e o combate à "ameaça da pornografia"

Por Da redação
Atualizado em 12 jul 2016, 23h19 - Publicado em 12 jul 2016, 21h53

O Partido Republicano dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira a plataforma de seu programa eleitoral, documento que contém propostas como a construção de um muro na fronteira com o México, a rejeição ao casamento homossexual, uma política comercial mais protecionista e medidas curiosas, como o combate à “ameaça da pornografia”.

Ao fim de um processo iniciado há dois dias em Cleveland, no Estado de Ohio, um comitê formado por 112 membros do partido decidiu quais devem ser as diretrizes usadas nas propostas políticas de Donald Trump, virtual candidato da legenda à presidência dos EUA, e dos congressistas republicanos nos próximos quatro anos.

Trump não se envolveu diretamente na redação da minuta, que deve ser ratificada na próxima semana na Convenção Nacional Republicana, também em Cleveland, mas algumas de suas principais propostas foram incluídas no documento, apesar de representarem um giro em relação à opção mais ortodoxa do partido.

Entre elas está a construção de um “muro” para “cobrir toda a fronteira sul” com o México para conter a imigração ilegal, assim como a negociação de tratados comerciais que “ponham os interesses dos EUA em primeiro lugar”, dois mantras de Trump nas primárias.

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“Um presidente republicano insistirá na paridade em assuntos comerciais e implementará tarifas compensatórias se outros países resistirem a cooperar”, indica o programa que, no entanto, não se opõe diretamente ao Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), apesar de sugerir que a ratificação do pacto no Congresso americano “não seja apressada”.

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Do mesmo modo, um trecho do documento pede que aqueles que procedam de países que “apoiam o terrorismo” sejam submetidos a um “escrutínio especial”, uma versão minimizada da proposta de Trump de proibir a entrada de imigrantes provenientes de países com um histórico de terrorismo.

O programa mantém coincidências com o texto aprovado em 2012, como o respeito à “família tradicional”. No entanto, pela primeira vez na história da reunião republicada, uma integrante abertamente homossexual, Rachel Hoff, do Distrito de Columbia, tentou acrescentar uma emenda para que “todo o tipo de família” fosse reconhecido, incluindo as de pais do mesmo sexo.

Cerca de 20 dos 112 membros do comitê que desenvolve o programa apoiaram a moção de reconhecimento do casamento homossexual, algo que mostra uma mudança do Partido Republicano depois de a Suprema Corte ter aprovado esse tipo de união em todo o país no ano passado.

As discussões também focaram no significado de alguns termos. Os republicanos decidiram mudar “imigrante ilegal” para “estrangeiro ilegal” para se referir às pessoas que não nasceram no país e vivem de forma irregular no território americano.

O programa também reitera posições mais conservadoras, como a proibição de que transexuais utilizem banheiros públicos destinados ao sexo com o qual se sentem identificados. Os republicanos também condenam o aborto e pedem o fim de pesquisas com células-tronco ou tecidos de fetos.

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O documento também reforça a necessidade de se respeita o direito constitucional dos americanos de portar armas sem maiores controles, como pedem os democratas após as recentes tragédias no país.

Além disso, o comitê do programa republicano acrescentou uma emenda para considerar a pornografia como uma “crise de saúde pública”. E pede aos estados que “lutem contra essa ameaça que prejudica a juventude”.

“Esse programa é várias coisas: um manual para devolver o poder às pessoas, um guia sobre os princípios constitucionais e um roteiro para aumentar as oportunidades econômicas de todos, incluindo os que estão à margem”, disse no encerramento da reunião o presidente do comitê, senador John Barrasso.

(Com EFE)

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