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EUA denunciam abusos contra opositores na Venezuela

O Departamento de Estado americano denunciou abusos do governo bolivariano no dia em que a comitiva brasileira de senadores governistas visita o país

Por Da Redação
25 jun 2015, 18h13

O governo da Venezuela faz uso do Judiciário “de maneira seletiva” para intimidar e encarcerar opositores, denunciou nesta quinta-feira o Departamento de Estado americano. As autoridades destacaram que “a corrupção e a impunidade” também são “preocupações sérias” no país. Em seu relatório anual sobre direitos humanos em todo o mundo, que aborda acontecimentos de 2014, os Estados Unidos ressaltaram a sua preocupação com os “abusos” cometidos pelas forças de segurança bolivarianas durante as manifestações populares que ocorreram entre fevereiro e maio do ano passado. Entre as medidas repressivas adotadas pelo presidente Nicolás Maduro estão “detenções arbitrárias, tortura e encarceramento” de opositores.

A divulgação do relatório americano coincide com a visita da comitiva brasileira chefiada por senadores governistas à Venezuela. Sem ter de enfrentar bloqueios e a hostilidade do regime chavista, a comissão chapa-branca capitaneada pelo PT e formada pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Roberto Requião (PMDB-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Telmário Mota (PDT-RR) foi recebida pelo embaixador brasileiro Ruy Pereira, que “sumiu” na última quinta-feira, e encontrou caminho livre no trajeto entre o aeroporto e o hotel. Na semana passada, o micro-ônibus que transportava senadores brasileiros de oposição foi atacado por manifestantes bolivarianos e bloqueado por obras que o governo resolveu fazer em um túnel e na rodovia que leva à penitenciária onde estão os presos políticos. O túnel estava em “manutenção emergencial” e a pista estava sendo “lavada”, disseram as autoridades locais.

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Maduro mantém presos opositores que participaram dos protestos contra seu governo sem apresentar provas concretas e que respaldem as acusações de conspiração e incitação à violência. Para os EUA, o presidente venezuelano “deteve e encarcerou várias figuras da oposição, bloqueou meios de comunicação e intimidou jornalistas por meio do uso de ameaças, multas, apropriação de propriedades, regulações feitas sob medida e investigações criminais”. O relatório também afirma que “seus julgamentos foram regularmente atrasados” pelas autoridades bolivarianas. A comitiva brasileira amiga dos chavistas, no entanto, diz que não tem o interesse de inteferir na “política interna” da Venezuela – por mais repressiva e autoritária que ela seja. Os senadores pretendem se encontrar com figuras do governo e membros da oposição, como o ex-candidato à Presidência, Henrique Capriles.

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Corrupção – Outra preocupação destacada pelos EUA são os altos índices de corrupção e impunidade nas forças de segurança da Venezuela. “Às vezes foram tomadas medidas para castigar funcionários de baixa categoria pelos abusos, mas poucas investigações foram adotadas contra altos cargos governamentais”, aponta o governo americano.

Recentemente, o chefe do Comando Sul dos EUA, John Kelly, denunciou a falta de comprometimento da Venezuela para combater a presença do narcotráfico em seu território. Promotores americanos também confirmaram que está em curso uma investigação contra vários políticos venezuelanos por suspeita de que eles transformaram o país em um “centro global para o tráfico de cocaína” e lavagem de dinheiro. Um dos principais alvos, segundo um funcionário do Departamento de Justiça e outras autoridades dos EUA, é o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, considerado o segundo homem mais poderoso do país.

(Com agência EFE)

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