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Carne Fraca: Venezuela foi 2º maior importador latino de carnes

A carne é considerada um artigo de luxo no país, onde dezoito dos 58 produtos da cesta básica estão em falta

Por Da redação
Atualizado em 27 mar 2017, 13h45 - Publicado em 22 mar 2017, 17h39

Como se não bastasse enfrentar a escassez, os venezuelanos somarão uma nova preocupação à sua rotina de caça aos alimentos. O país foi o segundo maior importador da América Latina de carne brasileira em 2016, atrás apenas do Chile. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento brasileiro, a Venezuela é atualmente o 13º maior importador de carne do Brasil.

O deputado venezuelano Carlos Paparoni, opositor ao governo de Nicolás Maduro, informou que a Venezuela pagou aproximadamente 2,1 bilhões de dólares (6,5 bilhões de reais) às duas empresas brasileiras que foram acusadas pela Operação Carne Fraca de adulterar carnes para poder vender produtos vencidos ou não apropriados para o consumo. As empresas são as maiores exportadoras de carne para o país desde 2011.

“Gastaram 2,1 bilhões de dólares comprando da JBS e da BRF, companhias que vendem comida vencida. Estão comprando carne e produtos podres para poder importá-los. Pagam 7 dólares por cada quilo de alimento (aproximadamente 21 reais). Com essa quantia nós podemos produzir 14 quilos mais e eles preferem comprar carne podre do Brasil”, disse o deputado.

Carne inflacionada

Os preços na categoria das carnes subiram em média 6,4% no mês de fevereiro. O bife comum, cujo preço regulado pelo governo é 250 bolívares o quilo (cerca de um real), pode ser encontrado por 7.715 ou até 7.465 bolívares a mais (aproximadamente 32 reais), por exemplo. O frango tem preço regulado de 850,37 bolívares o quilo (cerca de 3 reais), mas é vendido a pelo menos 4.019,05 bolívares (mais de 17 reais).

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A dificuldade em encontrar os produtos obriga a população a aceitar os valores impostos pelos açougues e supermercados, mesmo acima do preço regulado.

Cesta Básica

Diante da escassez geral, o preço da cesta básica familiar também aumentou 7,2% em fevereiro, em relação ao mês anterior. O valor de 665.682 bolívares (cerca de 2.845 reais) é resultado de um aumento de 445,8% em relação a fevereiro de 2016.

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De acordo com dados do Centro de Documentação e Análise social da Federação Venezuelana de professores, são necessários atualmente 16,4 salários mínimos – o salário é de 40.638,15 bolívares (cerca de 174 reais) – para adquirir a cesta, que alimenta uma família de cinco pessoas.

Dezoito dos 58 produtos da cesta estão em falta: leite em pó, carne de vaca, margarina, açúcar, óleo de milho, queijo branco e amarelo, ervilha, lentilha, feijão, arroz, farinha de trigo e de milho, aveia, pão, massas, café e maionese.

Além desses, outros produtos básicos não são encontrados, tais como: sabão em barra, detergente, papel toalha, fraldas, papel higiênico, guardanapo, leite líquido, desodorante, creme dental, shampoo, inseticidas e alguns medicamentos, como aspirina, omeprazol e antialérgicos.

(Com agência EFE)

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