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Clã Falcão perdeu a Rio-2016, mas quer voltar em Tóquio-2020

Yamaguchi, desiludido, não cogita disputar novamente os Jogos, mas Esquiva, sim. E há outros nomes da família de olho em medalha

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 ago 2016, 20h53 - Publicado em 23 ago 2016, 16h52

Há quatro anos, dois atletas se tornavam conhecidos dos brasileiros ao pôr fim a um jejum de mais de quatro décadas sem medalhas no boxe olímpico.  Os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão brilharam em Londres-2012 com a conquista da prata e do bronze e, naturalmente, eram esperança de medalha na Rio-2016. Entre uma olimpíada e outra, contudo, ambos se profissionalizaram, o que até recentemente os impedia de disputar novamente os Jogos. Em junho, a participação de profissionais no boxe foi liberada. Ainda assim, Esquiva e Yamaguchi ficaram de fora – por razões bem diferentes. Mas o sonho olímpico não acabou para o clã Falcão.

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A conquista do segundo lugar de Esquiva Falcão em 2012 abriu rapidamente as portas para seu sonho de profissionalização no boxe. Quando chegou ao hotel, após perder na final para o japonês Ryota Murata por um ponto, já havia em sua caixa de e-mails mensagens de empresários elogiando a sua performance. Uma semana depois, começaram as sondagens e ele fechou contrato com a Top Rank. Esquiva se mudou para Las Vegas, conseguiu patrocinadores e agora sonha em ganhar um cinturão mundial na sua próxima luta no Brasil, prevista para março do ano que vem.

O medalhista se considera satisfeito com o novo patamar na carreira, que lhe permitiu comprar casa e carro,  e diz ter ficado de fora da Rio 2016 por causa do pouco tempo que teria para se preparar. A Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) liberou em junho, pela primeira vez, a participação de pugilistas profissionais em olimpíadas. Segundo Esquiva, ele teria cerca de 15 dias de preparação caso decidisse participar do pré-olímpico para conseguir uma dessas vagas, o que seria insuficiente. Mas ver o nível das disputas desse ano parece ter animado o lutador de 26 anos, que não descarta brigar pelo topo em 2020. “Eu fiquei devendo esse ouro para o Brasil”, diz.

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Yamaguchi, 28 anos, diz ter recebido mais reconhecimento do público e dos empresários após ganhar o bronze. Antes do pódio, ele já havia sido sondado para se profissionalizar, mas avalia que a medalha o valorizou. Ele desistiu de carreira olímpica por não ter, segundo ele, recebido do governo benefícios que teriam sido prometidos, como o Bolsa Pódio. “Precisava pagar minhas contas, comprar minha casa”, diz. O atleta confessa que “bateu uma vontade” de estar na Rio, mas que já cumpriu seu papel e no momento pensa em ganhar um cinturão. “Meu caminho agora é outro”, resume.

Outros irmãos Falcão

Se depender do patriarca Falcão, Touro Moreno, haverá mais membros da família nos ringues em Tóquio 2020.  O ex-pugilista aposta que mais dois filhos seus, Estivan, de 20 anos, e Luciano, 18, estarão prontos até lá. Estivan já foi campeão brasileiro e treina em casa com o pai e Luciano tem recebido orientação de Yamaguchi. Tanto Esquiva quanto Yamaguchi ainda consultam o pai nas decisões para suas carreiras. Touro Moreno diz que hoje atua mais como um olheiro e pretende continuar caçando talentos também fora da família. “Meu prazer seria fazer ainda mais um campeão, sem ser meu filho”, diz.

 

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