Mulher que atacou Butler esteve em outros protestos agressivos
Celene Carvalho participou de ato que terminou em confusão no MAM em setembro e hostilizou Eduardo Suplicy em 2015
A mulher que agrediu a filósofa americana Judith Butler no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, nesta sexta-feira, esteve em pelo menos outros dois protestos que terminaram em confusão.
Celena Carvalho, que no vídeo do ato desta sexta aparece empurrando um carrinho de bagagem contra Butler e sua mulher, também participou de uma manifestação no MAM (Museu de Arte Moderna) da capital paulista em setembro. O grupo protestava contra a performance em que o bailarino Wagner Schwartz foi tocado nu por uma criança. Na ocasião, funcionários do museu foram agredidos e chamados de “pedófilos” pelos manifestantes.
Dois anos antes, em 2015, Celene estava na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, em um ato contra os petistas Eduardo Suplicy e Fernando Haddad, que participavam de uma sabatina no local. Em um vídeo do protesto, a militante aparece gritando exaltada com Suplicy. Depois, é filmada bradando: “Aqui não é PT, não! Aqui é terra dos coxinhas”.
Nesta sexta, Celena era uma das duas manifestantes que perseguiram Judith Butler pelo terminal de Congonhas, disparando agressões verbais e carregando cartazes com o rosto da filósofa dentro de um sinal proibido. Em declaração para o jornal O Estado de S. Paulo, a militante justificou o ato: “Ela é personificação da ideologia de gênero, uma falsa acadêmica que defende uma falsa ideologia”.