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Atraso no repasse de verba compromete aulas na Unifesp

Procurado, o Ministério da Educação (MEC) disse que não teria tempo hábil para responder e prestaria nesta quarta-feira esclarecimentos sobre os repasses

Por Da redação
Atualizado em 22 out 2020, 17h11 - Publicado em 15 jun 2016, 12h46

Com 20%, ou 13 milhões de reais, do orçamento de 65 milhões de reais contingenciados pelo governo federal, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) só tem condições financeiras para manter as atividades de ensino, pesquisa e extensão até agosto. Segundo a instituição, desde o início do ano, a universidade vem recebendo menos recursos do que o previsto, o que tem sido insuficiente até para manter despesas básicas, como água, energia, limpeza e segurança dos seis campi.

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Procurado, o Ministério da Educação (MEC) não se posicionou. Segundo a reitora da Unifesp, Soraya Soubhi SmailiSoraya, também havia previsão de 59 milhões de reais em recursos para obras e construções e apenas 60% foram liberados. “A dívida da universidade já está em torno de 12 milhões de reais, o mesmo valor que em todo o ano de 2014. Enfrentamos dois problemas neste ano. Primeiro, o bloqueio dos recursos; e, depois, um grande aumento em todos os nossos contratos, por causa da inflação. Por isso, não chegamos a setembro (mantendo todas as atividades)”, disse a reitora.

A instituição publicou nota em seu site informando a gravidade da situação. “Este manifesto tem a finalidade de divulgar o risco de suspensão das atividades da universidade, caso não sejam liberados imediatamente os 20% dos recursos orçamentários contingenciados e aporte de recursos financeiros para honrar os compromissos”.

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Desde 2013, a universidade sofre com os cortes financeiros. Em 2015, criou uma Comissão de Acompanhamento de Contas para melhor gestão dos recursos. Neste ano, 30% dos terceirizados de limpeza e segurança foram demitidos e se deu prioridade aos cortes em gastos que não atrapalhassem as atividades acadêmicas, como o envio de cartas.

Repercussão – Vice-coordenador da Câmara de Pós-graduação da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp, Ruy Campos diz que alunos, professores e funcionários da instituição já estão sentindo o impacto da crise, mas que as consequências podem ser piores a longo prazo. “A verba de custeio para manutenção dos programas é um fator de grande preocupação, porque temos um parque de equipamentos de alto nível, sofisticado e caro, e não temos como manter as manutenções corretivas e preventivas. Temos mantido com verba da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que não é suficiente”, completou Campos.

Ruy diz que atua como coordenador de um programa de pós-graduação em farmacologia e fisiologia que, até o momento, recebeu apenas 10% da verba que foi repassada em 2014. “No ano passado já teve uma redução drástica. Há um desânimo dos docentes, orientadores, que deveriam ser o motor da faculdade”, desabafou ele.

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Presidente da Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp), Rodrigo Medina diz que alunos e professores devem se mobilizar para evitar a paralisação das atividades a partir de agosto. Aluno do 1º ano do curso de licenciatura plena em ciências da instituição, Cássio Alberto do Nascimento, de 28 anos, afirma que os estudantes estão preocupados.

MEC – Procurado, o Ministério da Educação (MEC) disse que não teria tempo hábil para responder e prestaria nesta quarta-feira esclarecimentos sobre os repasses.

(Com Estadão Conteúdo)

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