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Philae, o robô perdido há dois anos, é encontrado em cometa

Câmeras da sonda Rosetta encontraram o módulo Philae, que fez um pouso histórico sobre o cometa 67P, escondido em fenda escura

Por Da redação
Atualizado em 5 set 2016, 20h27 - Publicado em 5 set 2016, 20h20

“A busca chegou ao fim! Encontrei Philae!”, tuitou a sonda Rosetta nesta segunda-feira. Faltando menos de um mês para o encerramento da missão, as câmeras sonda finalmente descobriram onde o robô Philae se esconde: uma fenda escura, coberta por gelo e rochas do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Liberado por Rosetta, Philae fez um pouso histórico sobre o cometa em 2014, mas dificuldades na aterrissagem fizeram com que ele ficasse longe do ponto cuidadosamente escolhido pelos astrônomos. Até o momento, a espaçonave ainda não havia conseguido localizá-lo – em outras palavras, o módulo estava perdido.

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Mas, em seu caminho para a aterrissagem no cometa, que marcará o fim da missão, a sonda chega cada vez mais próxima da superfície do corpo celeste. A imagem que localizou Philae foi feita em 2 de setembro, a apenas 2,7 quilômetros de distância de 67P. Ela revela o corpo e duas das pernas de ancoragem do robô, de lado, em uma reentrância do cometa.

“Essa notável descoberta chegou no fim de uma longa e minuciosa busca. Estávamos começando a achar que Philae ficaria perdido para sempre. É incrível que tenhamos capturado essas imagens no momento final”, afirmou Patrick Martin, diretor da missão Rosetta, em comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), responsável pela missão.

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Pouso no cometa

Após viajar dez anos a bordo da sonda Rosetta, o módulo Philae fez um pouso espetacular no cometa 67P Churiumov-Guerasimenko em 12 de novembro de 2014. Contudo, ao tocar a superfície, Philae quicou duas vezes e parou longe do ponto escolhido pelos cientistas para o pouso. O imprevisto fez com que o robô ficasse parado em uma zona de relevo acidentado e com pouca exposição à luz solar, alimento de suas baterias.

A energia de Philae acabou após enviar à Rosetta o resultado de 60 horas de observações. Desde então, foram poucas as comunicações do robô com os astrônomos. Em junho de 2015, ele voltou a despertar e, desde 9 de julho do ano passado, não deu mais sinais de vida. Em 27 de julho deste ano, os cientistas decidiram cortar as comunicações com o cometa, preparando o fim da missão.

Rosetta deve encerrar suas atividades em 30 de setembro, data em que irá pousar sobre o cometa, em um esforço final para enviar ainda mais dados inéditos aos cientistas, capturando fotos e fazendo medições.

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A imagem obtida por Rosetta mostra a orientação de Philae e revela por que estabelecer as comunicações foi tão difícil. O ponto é bastante escuro e, se recebesse mais luz solar, certamente Philae teria conseguido enviar mais dados à Terra, de acordo com os cientistas da ESA.

Philae_found (2)

Neste momento, o cometa 67P se afasta do Sol e continuará cada vez mais longe em sua órbita elíptica até 850 milhões de quilômetros de distância. Com o pouso de Rosetta, os astrônomos pretendem reunir ainda mais dados para tentar compreender melhor os primeiros momentos do sistema solar, propósito da missão. Estudar cometas é importante porque eles são considerados vestígios muito bem preservados da formação do sistema solar, há 4,5 bilhões de anos. A meta de Philae era estudar a superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, buscando a água e o material orgânico presente nesse corpo celeste que, de acordo com algumas teorias, podem ter sido responsáveis por trazer a água ou até mesmo os componentes orgânicos necessários ao surgimento da vida para a Terra.

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