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Mamíferos atingiram maior tamanho em 20 milhões de anos de evolução

Pesquisa revela que em 24 milhões de gerações um ancestral comum do tamanho de um rato evoluiu para animais tão grandes quanto elefantes. Redução do tamanho, porém, levou muito menos tempo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h47 - Publicado em 31 jan 2012, 10h52

A marcha da evolução dos mamíferos ganhou força após a extinção dos dinossauros, donos do planeta até então, há 65 milhões de anos, quando um enorme meteoro atingiu a Terra. Uma pesquisa recém-publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) revelou que, em 20 milhões de anos, mamíferos do tamanho de ratos, com menos de 10 centímetros e pesando alguns gramas, deram origem a bichos do tamanho dos elefantes, gigantes de quatro metros de altura e até 12 toneladas. Foram 24 milhões de gerações marcadas pela seleção natural e pela capacidade de adaptação, que levaram à dominação de todos os continentes, além dos oceanos. O processo exigiu sacrifícios: Hoje, 90% dos mamíferos que já viveram estão extintos.

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MAMÍFEROS

São animais vertebrados que se caracterizam principalmente pela posse de glândulas mamárias que produzem leite para alimentação dos filhotes. Evoluíram à partir de répteis chamados sinapsídeos e conviveram com os dinossauros por alguns milhões de anos, mas timidamente. Com a extinção desses gigantes, porém, encontraram espaço para crescer e se tornaram a classe dominante no planeta. Hoje são cerca de seis mil espécies. Nossa espécie, o homo sapiens, existe há mais de 160 mil anos.

Mamíferos marinhos, como as baleias, levaram metade do tempo para alcançar seu maior tamanho. “Provavelmente porque é mais fácil ser grande na água, pois ela ajuda a suportar o seu peso”, afirma o paleontólogo Erich Fitzgerald, um dos autores da pesquisa que envolveu 28 tipos diferentes de mamíferos que viveram nos últimos 70 milhões de anos na África, Europa, Ásia e Américas, além dos oceanos. As baleias azuis, maiores mamíferos e maiores animais vivos, têm até 30 metros de comprimento e podem pesar 190 toneladas.

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A pesquisa é importante por focar num grande período, pois a maioria dos estudos desse tipo fala sobre microevolução de espécies. “Ao invés disso, nos concentramos nas mudanças grandes no tamanho dos corpos. E percebemos que a evolução foi enorme ao longo das 24 milhões de gerações, mas que isso também levou muito tempo”, disse Alistair Evans, que liderou uma equipe internacional de 20 biólogos e paleontólogos nessa pesquisa. Ainda segundo ele, uma mudança menos dramática, de um animal do tamanho de um coelho para os maiores mamíferos levou ‘apenas’ 10 milhões de gerações.

O crescimento pode ter levado muito tempo, mas as taxas de diminuição do tamanho dos mamíferos diante de dificuldades como a escassez de alimento foi o que mais surpreendeu os cientistas. Em espaços de até 100 mil gerações, muitas espécies de animais diminuíram dramaticamente o tamanho médio em algumas partes do mundo. O processo levou até 10 vezes menos tempo do que o inverso. “A enorme diferença entre ficar menor e ficar maior é incrível. Nós realmente nunca esperamos que pudesse ocorrer tão rápido”, disse Evans.

Fósseis de animais em miniatura, como o mamute pigmeu, o hipopótamo anão e hominídeos diminutos apelidados ‘hobbits’ (em alusão aos personagens da obra O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien), que viviam principalmente em ilhas, ajudaram a explicar a redução de tamanho. “Quando você fica menor, precisa de menos comida e pode se reproduzir mais rápido, o que são vantagens reais em pequenas ilhas”, afirmou o pesquisador.

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