Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Fumar enfraquece gene que protege as artérias, diz estudo

O tabagismo pode debilitar em até 60% o gene que protege as artérias de obstrução por acúmulo de placas de gordura, podendo levar à aterosclerose

Por Da Redação
3 Maio 2017, 13h57

O tabagismo pode debilitar em até 60% um gene que protege as artérias de obstrução, aumentando o risco de fumantes desenvolverem doença arterial coronariana (aterosclerose), indica estudo americano. A pesquisa, publicada nesta segunda-feira revista científica Circulation, aponta a correlação entre hábitos e genética no acúmulo da placa que endurece as artérias e pode ser um caminho no combate à doença. “Este foi um dos primeiros grandes passos rumo à resolução do complexo quebra-cabeça das interações genético-ambientais que levam a doenças coronarianas”, disse o pesquisador Danish Saleheen, da Universidade da Pensilvânia e um dos autores do estudo.

O tabagismo provoca, aproximadamente, 1,6 milhão de mortes anuais em todo o mundo e é responsável por um em cada cinco casos de aterosclerose. No entanto, os mecanismos de correlação entre o hábito e a doença ainda não haviam sido identificados. Seguindo a hipótese de alteração genética correlacionada ao fumo, os cientistas americanos analisaram mais de 60 mil casos de aterosclerose e outros 80 mil dados reunidos em 29 estudos sobre a interação genética com o tabagismo. Como resultado, eles identificaram que mudanças no cromossomo 15, próximas ao gene que produz a enzima ADAMTS7, estavam associadas a menos riscos de doenças na artéria coronária, 12% no caso de pessoas que nunca fumaram e 5% no caso de quem já foi ou é fumante.

Para melhor observar as implicações da alteração genética no cromossomo 15, os pesquisadores realizaram testes com ratos. Eles constataram que, nos animais modificados geneticamente, a produção da ADAMTS7 diminuiu significativamente e reduziu o acúmulo de plaquetas de gordura nas artérias. Em seguida, de modo a confirmar a influência do fumo na fabricação da enzima, eles aplicaram um extrato líquido da fumaça do cigarro em células da artéria coronária e observaram que a produção da ADAMTS7 mais que dobrou. Ou seja, a enzima está relacionada ao acúmulo de lipídios na corrente sanguínea e sua produção pode ser inflada pelo tabagismo.

Continua após a publicidade

Agora, os pesquisadores querem estabelecer exatamente como os variantes da enzima podem proteger contra a doença arterial coronariana, como o fumo afeta o gene que a produz e, se inibir a substância, pode reduzir a progressão de pacientes fumantes que já desenvolveram a aterosclerose.

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.