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Por Duda Monteiro de Barros
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Este bar foi proibido de servir clientes na calçada. Então…

Os clientes resolveram colocar mesas e cadeiras na caçamba de dois caminhões

Por Marina Rappa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 fev 2017, 20h39 - Publicado em 6 fev 2017, 19h52

Até que ponto chega o amor dos clientes por um bar? No caso de um estabelecimento de Caxias do Sul (RS), a afeição dos clientes foi tanta que chamou atenção nas redes sociais nesta sexta (3).

Silvio Zanuz, de 37 anos, é proprietário do bar Zanuzi. No fim de janeiro, ele foi surpreendido por uma notificação da prefeitura que o proibia de colocar cadeiras e mesas na calçada que fica na frente do local.

Silvio Zanuz (à esq.), proprietário do bar Zanuzi
Silvio Zanuz (à esq.), proprietário do bar Zanuzi ((Daniela Xu/Arquivo pessoal))

De acordo com Zanuz, os bares de Caxias do Sul distribuem mesas na rua há muitos anos. “Bares com 30, 40 anos, sempre colocaram mesas na frente. Mas em 1992, uma lei proibiu mesas nas fachadas da região central de Caxias”.

Seu bar, inaugurado em 2007, sempre trabalhou servindo os frequentadores na rua. “Em abril do ano passado, no entanto, recebemos uma notificação da prefeitura com a proibição. Na ocasião, realizamos um estudo a nível nacional sobre os locais que usam mesas  na calçada e apresentamos o projeto a eles, pedindo a licença. Mas mudou a gestão no início deste ano e, na última semana, fomos surpreendidos com uma nova notificação”.

A notícia abalou muitos frequentadores, que compartilharam o sentimento no Twitter:

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No meio deste problemão, Zanuz se viu amparado pelos próprios clientes. “Os próprios frequentadores começaram a driblar a proibição. No início, eram tapetes e almofadas que o pessoal trazia para sentar aqui na frente. Mas a ideia mais criativa foi desta sexta, quando eles trouxeram caminhões para colocar ali”
Zanuz acredita que a ideia, que partiu de seus clientes, atraiu atenção para o debate sobre a proibição. “Chamou atenção em nível nacional, e isso é muito bom. Trouxe visibilidade, e agora acredito que o poder público discutirá isso com mais agilidade”, afirma.

“É um assunto muito debatido há um ano, e o povo está muito ansioso por mais espaço na rua. Os nossos clientes viajam muito e conhecem outros bares do Brasil em que é possível consumir na rua. Por isso é muito comum que eles queiram esse espaço. Acho também que dessa forma nós podemos acolher melhor os turistas”, diz o proprietário.

Clientes sentam em caminhões estacionados em frente ao restaurante em Caxias do Sul
Clientes sentam em caminhões estacionados em frente ao restaurante em Caxias do Sul (Daniela Xu/Arquivo pessoal)

Na justiça

Agora, Zanuz tenta uma licença para continuar utilizando o espaço das calçadas. “Estamos tentando negociar com o poder público para resolver essa questão o mais rápido possível e não ter mais que precisar desse tipo de manifestação dos nossos clientes. De qualquer forma, sei que eles pretendem fazer isso mais vezes até que a situação se legalize”, diz.

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“A câmara dos vereadores vai discutir isso na próxima sessão e eu estou aguardando uma resposta da secretária de urbanismo. Entramos com pedido de licença pois tem uma lei que permite o uso de 50% da rua”, afirma.

A norma à qual ele se refere é a Lei Complementar nº 377, de 22 de dezembro de 2010. Ela prevê que a licença poderá ser concedida a estabelecimentos que usem mesas e cadeiras “com ocupação máxima de 50% da largura do passeio público, podendo ocupar somente a área fronteiriça ao estabelecimento”.

O problema, no entanto, é que existe uma ressalva para a concessão desta licença: segundo a lei, estabelecimentos que estão na Rua Sinimbu, no trecho entre as Ruas Alfredo Chaves e Moreira César, não serão liberados para o uso das cadeiras e mesas na rua. Este é, justamente, o local onde se encontra o Zanuzi.

Mesmo assim, Silvio não desistirá de continuar servindo seus clientes como vem fazendo há 10 anos. “É um lugar muito cultural, com apresentações artísticas gratuitas na calçada. Temos dança e shows e o pessoal gosta muito desse espaço”, afirma.

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