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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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E lá vem de novo aquele papo de Conselhão da República. Em que vai dar? Em nada!

Numa República em que os Poderes funcionassem, de fato, de forma independente e harmônica, assim poderia ser. Hoje em dia, o que se quer com o Conselho é buscar um fórum de debates que substitua o Congresso

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h39 - Publicado em 25 jan 2016, 20h30

Algumas mistificações se consolidam na política e acabam tendo vida longa. Uma delas é essa conversa de “Conselhão” (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), que seria, assim, a solução de todos os males.

Não é sem certa preguiça que cuido do assunto porque, há muitos anos — a memória do blog está disponível —, quando se começou com isso, tratei com certo desdém. A razão é simples: um dos problemas de Dilma é a desarticulação com o Congresso. E o fórum nada pode fazer a respeito.

A propósito: de que modo o dito-cujo poderia ter atuado na recente barbeiragem do Banco Central? Não! Eu não acho que os juros deveriam ter sido elevados. Eu acho é que a questão não deveria ter sido politizada.

Bem, o fato é que o encontro do Conselhão está confirmada para a próxima quinta. Ele se reuniu pela última vez em julho de 2014.

Dilma quer discutir com empresários e trabalhadores ideias para recuperar a economia e reequilibrar as contas públicas, como definição de metas e limites para gastos e liberação de crédito para alguns setores. A pauta do encontro está sendo fechada pelos ministros Jaques Wagner, da Casa Civil; Nelson Barbosa, da Fazenda, e Valdir Simão, do Planejamento.

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Empresários e sindicalistas reclamam que a presidente esvaziou o Conselhão, que, no governo Lula, teria sido responsável por propor medidas como o crédito consignado para trabalhadores. Bem, nem isso é verdade. A proposta, que está na Medida Provisória 130/2003, foi da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, à época ocupada pelo economista Marcos Lisboa.

Membros
Compõem o grupo os empresários Abílio Diniz (BRF), Luiza Trajano (Magazine Luiza), Jorge Paulo Lemann (AmBev), Benjamin Steinbruch (CSN), José Roberto Ermírio de Moraes (Votorantim), Josué Gomes da Silva (Coteminas) e Murilo Ferreira (Vale), além dos banqueiros Luiz Carlos Trabuco (Bradesco) e Roberto Setúbal (Itaú).

Do mundo sindical, Dilma manteve o convite ao ex-presidente da Força Sindical Miguel Torres. Também estarão no órgão os presidentes da CUT, Vagner Freitas, e da CTB, Adilson Araújo.

O ator Wagner Moura está na lista, mas não deve comparecer a esta primeira reunião. O escritor Fernando Morais e o professor Paulo Sérgio Pinheiro também fazem parte do grupo.

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Ilusão
Há uma ilusão de que ditos membros da sociedade civil possam ampliar a representação e arejar o governo. Bem, depende, né?

Numa República em que os Poderes funcionassem, de fato, de forma independente e harmônica, assim poderia ser. Hoje em dia, o que se quer com o Conselho é buscar um fórum de debates que substitua o Congresso.

Não vai dar em nada. Mas vai render notícia.

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