O presidente em exercício Rodrigo Maia (DEM-RJ) reuniu os principais líderes dos partidos num café da manhã, na residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília. Entre os convidados, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho, e o do Esporte, Leonardo Picciani. A reforma política, claro, foi um dos assuntos mais discutidos entre os convidados. Alguns pontos do projeto avançaram nas negociações:

Financiamento Privado – A maioria dos convidados concordou que, nas próximas eleições, o financiamento de campanha deveria ser público com um fundo exclusivo para esse fim. As doações de pessoas físicas continuariam sendo feitas aos candidatos. A diferença é que o valor seria mais limitado do que é hoje.

Lista Fechada – O deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator do projeto em discussão na comissão da Reforma Política da Câmara, concordou em desistir da proposta de lista fechada. O modelo mais viável seria o do Distritão (os mais votados por estado serão eleitos) como forma de transição para o Distrital Misto (em que parte dos votos serão destinadas a candidatos e outra parte às siglas) para 2022.

Cláusula de Barreira – Os deputados concordam que o percentual mínimo de votos tem que ser maior do que o sugerido pela proposta atual. Nela, os partidos passam a ser obrigados a ter um mínimo de 3% dos votos para deputado federal em todo o país e ao menos 2% dos votos para deputado federal em 14 das 27 unidades da federação (os 26 estados e o Distrito Federal).

(Por Alessandra Medina)