A mulher do ano de 2016 e outros nós táticos na esquerda
Blog comenta piti de Obama, reação de Putin e choradeira esquerdista sem fim
Cobertura em tuitadas desta sexta-feira, 30 de dezembro de 2016:
– Notícia correta é: Obama expulsa 35 diplomatas russos para justificar derrota de Hillary Clinton e legitimar narrativa do Partido Democrata.
– Russos agora são para a esquerda americana o que os EUA são para a brasileira: aqueles nos quais se coloca a culpa pelos próprios fracassos.
– Embaixada russa no Reino Unido ironizou no Twitter decisão de Obama como um “déjà vu da Guerra Fria”: “Como todo mundo, ficaremos felizes de ver o fim desta administração infeliz.”
– Parte da esquerda ignora fartas provas da Lava Jato, mas aceita qualquer “fontes dizem” da CIA sobre interferência russa na eleição dos EUA.
– Mistério é qual hacker russo levou Hillary a evitar campanha em Michigan e Wisconsin enquanto mandava atriz Lena Dunham à Carolina do Norte.
– No futebol, quando seu time tomar um nó tático, faça como a campanha de Hillary, Obama e o Partido Democrata: acuse uma conspiração russa.
– O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu a Trump pela amizade calorosa e pelo apoio claro a Israel (em evidente contraposição ao governo Obama, cuja abstenção em votação da ONU foi determinante para a condenação dos assentamentos judaicos em territórios palestinos).
– Esta é a fala de Trump contra a ONU que contextualizei na nota 14 do post anterior:
– A mulher do ano de 2016 é Kellyanne Conway, diretora de campanha de Trump e assessora dele na Casa Branca. Deu o maior nó tático da história.
– Se Kellyanne fosse diretora da campanha vitoriosa de um democrata, estamparia todas as capas como mulher do ano. Mas a imprensa ainda chora.
– Kellyane lamenta pitis finais de Obama: “Já estamos falando de sanções contra a Rússia dias depois do que eu chamaria de sanções contra Israel.” Ela garante, obviamente, que os EUA terão uma “relação muito mais forte com Israel” no governo Trump.
– Putin entorta Obama. Diz que não vai retaliar porque não quer se rebaixar à “diplomacia irresponsável” e que atuará para construir laços com os EUA no governo Trump.
– Putin: “É lamentável que a administração Obama esteja terminando o mandato desta maneira. Mesmo assim, eu desejo Feliz Ano Novo para o presidente Obama e sua família.” Entortou com classe.
– Obama é o jogador que quer brigar aos 48′ do 2º tempo quando seu time está sendo eliminado. Putin espera o apito do juiz rindo do showzinho.
– De Putin para Obama:
–Trump prepara discurso de posse inspirado em Ronald Reagan, que, em 1981, disse: “Nesta crise atual, o Estado não é a solução para nosso problema. O Estado é o problema”. Alô, Brasil! Mais Reagan, menos Lula e Dilma.
– O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse que vetará o aumento das passagens de ônibus (de R$ 3,80 para R$ 3,95) anunciado por seu antecessor Eduardo Paes. Pois é, Paes. Faltou combinar com os russos.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Siga no Twitter, no Facebook e na Fan Page.