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Sete notas de Carlos Brickmann

Uma boa hora para protestar é agora, quando ficou claro que amigo é amigo e a lei é para os outros

Por Augusto Nunes Atualizado em 15 fev 2017, 17h56 - Publicado em 15 fev 2017, 14h11

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

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Para os amigos, tudo; e nada

Convenhamos: a opinião pública já se cansou do vaivém dos políticos que tentam escapar da Lava Jato. Se avisarem no Congresso que o Japonês da Federal apareceu para uma visita de cortesia, quantos parlamentares o esperarão tranquilamente no gabinete? Como se sentirá um eleitor que participou das manifestações contra Dilma ao saber que a Comissão de Constituição e Justiça, que ouvirá o escolhido para o Supremo, tem dez de seus 13 integrantes respondendo a processo no mesmo tribunal cujo novo ministro estão contribuindo para escolher — e todos loucos para afogar a Lava Jato? Como se sentirá este eleitor que marchou contra Dilma sabendo que o líder do Governo no Congresso enfrenta os mesmos problemas jurídicos da líder do PT, Gleisi Hoffmann? Lembrando que Renan lidera a maior bancada do Senado — bancada que já foi de Lula e de Dilma e hoje é Temer desde criancinha? Consciente de que quem é bem tratado pelo Governo, hoje, foi bem tratado pelo Governo Dilma, de quem era íntimo? É um pessoal coerente: está sempre ao lado do governo. Se o Governo muda, mantém-se a seu lado.

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Uma boa hora para protestar é agora, quando ficou claro que amigo é amigo e a lei é para os outros. Mais: Lula deve depor nesta sexta, acusado de obstruir as investigações da Lava Jato. Está sendo organizada uma grande manifestação popular, em todo o país. Não nesse domingo, nem no próximo, que é Carnaval. Mas daqui a 40 dias, no final de março. Tremei, corruptos!

 

Quem é quem?

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A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal pede ao presidente Michel Temer a substituição do seu diretor-geral, delegado Leandro Daiello. A Associação culpa Daiello pela saída de delegados que integravam a Lava Jato desde o começo e diz estar temerosa de que as investigações sejam prejudicadas. OK, mas quem é que comandou a Polícia Federal desde o início da Lava Jato? Bingo: o próprio Leandro Daiello. Se ele apresentou bom trabalho, o que parece inegável, como é que de repente sua permanência poderia afetar as investigações? O curioso é que esta é a primeira vez na história da PF que os delegados pedem a substituição de seu chefe — e exatamente quando a PF desfruta do maior prestígio entre a população.

 

Como é mesmo?

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Parece brincadeira: no Espírito Santo, com a volta ao trabalho de pouco menos de dois mil dos policiais militares rebelados, tanto o Governo Federal como o capixaba se apressam em proclamar a “volta à normalidade”. Suas Excelências que nos perdoem, mas a normalidade estará de volta só quando os amotinados forem identificados e julgados por motim — e julgar meia dúzia, achando que isso servirá de exemplo a todos, não vale. Servidores públicos armados não fazem greve nem desobedecem ao comando. Não se pode admitir que deem exemplo para outras PMs, nem que tenham o poder de decidir quando irão obedecer. Este colunista acha que o policial militar ganha pouco e não tem proteção nem reconhecimento adequados. Mas motim, isso não pode.

 

Os donos do poder

O primeiro efeito da leniência com o motim já tem data para ocorrer: na sexta, policiais capixabas fazem assembleia para decidir sobre greve geral.

 

O tempo passa

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O jogo entre Flamengo e Botafogo, no Estádio Nilton Santos, antigo Estádio João Havelange, ou Engenhão, exigia segurança redobrada: era dia de sol, com 13 blocos carnavalescos nas ruas do Rio e 25 mil ingressos vendidos antecipadamente. Mas foi, ao contrário, policiado por um número reduzido de homens. Motivo: querendo seguir o exemplo capixaba, policiais militares fluminenses se esconderam atrás da saia de suas esposas, que fingiam impedir que saíssem dos quartéis. Morreu um torcedor do Botafogo na briga de torcidas. Foi a crônica da morte anunciada. Até quando?

 

Questão de sonhos 1

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Num momento em que suas relações com os Estados Unidos estão em baixa, qual a saída do México para manter em dia seu comércio exterior? A professora Raquel León, professora da Universidade Autônoma de Puebla, propôs em Brasília a intensificação do relacionamento econômico entre México e América do Sul. A ideia é ótima e será boa para mexicanos, brasileiros, e sul-americanos em geral; mas não substituirá as trocas do México com os Estados Unidos. Hoje, o comércio do México com o Brasil atinge US$ 9,2 bilhões. Com os EUA, chega a US$ 550 bilhões por ano.

 

Questão de sonhos 2

O comércio exterior brasileiro, no total, com o mundo todo, não alcança os US$ 200 bilhões por ano. Comerciar mais com o México é ótimo, mas o Brasil, ao menos por enquanto, não tem condições de substituir os Estados Unidos como seu parceiro preferencial. É por isso que Trump se sente à vontade e é até grosseiro para tentar obter mais vantagens dos mexicanos.

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