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Rebaixamento da Fitch e dados dos EUA levam dólar a operar em alta

No início do dia, moeda americana chegou a cair para 3,78 reais, mas anulou a queda e voltou ao patamar de 3,85 reais após a agência de risco cortar a nota de crédito do país

Por Da Redação
15 out 2015, 12h36

Após abrir o pregão em queda e ser negociado abaixo de 3,80 reais, o dólar virou e passou a operar em alta nesta quinta-feira, com avanço de mais de 1%. A moeda americana já vinha subindo em linha com o cenário externo, mas teve um salto logo após a agência de classificação de risco Fitch rebaixar a nota de crédito do Brasil, de BBB para BBB-.

Em números exatos, por volta das 12h20, a divisa subia 1,05%, sendo cotada a 3,85 reais. Na mínima do dia, a moeda chegou a valer 3,78 reais.

Ao cortar a nota de crédito e colocá-la em perspectiva negativa, a Fitch deixa o país a um degrau de perder o grau de investimento. No mês passado, a agência Standard & Poor’s tirou o selo de bom pagador do Brasil. A perda do certificado por duas agências obrigaria muitos fundos internacionais a tirarem o dinheiro do país por questões de regulamento próprio. Apesar da notícia negativa, o mercado já esperava o rebaixamento pela Fitch.

Já nos Estados Unidos, dados sobre a inflação e mercado de trabalho colocaram em dúvida as apostas de que o Federal Reserve (banco central americano) esperará o próximo ano para aumentar os juros. O núcleo da inflação ao consumidor nos EUA, que exclui preços voláteis como alimentos e energia, acelerou para 0,2% em setembro, após marcar 0,1% no mês anterior. Os preços ao consumidor como um todo, no entanto, recuaram 0,2%, pressionado pela queda da gasolina. Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego atingiu 255.000 na semana passada, novamente o menor nível em 42 anos, sugerindo que o mercado de trabalho permanece forte apesar da abrupta desaceleração na criação das vagas de emprego nos últimos dois meses.

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“Nos últimos dias houve muito pessimismo sobre os EUA, com o mercado discutindo até uma alta de juros só no meio do ano que vem. Os dados de hoje estão fazendo essas especulações voltarem um pouco, ajustarem-se à realidade”, disse o operador de um importante banco internacional, sob condição de anonimato. Juros baixos nos Estados Unidos beneficiam mercados emergentes, com investimentos mais atrativos.

Segundo analistas, o mercado ainda continua atento aos desdobramentos da crise política. A indefinição sobre eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff vem pressionando o câmbio e levou o dólar a marcar a maior alta diária em mais de quatro anos na terça-feira.

Analistas da Guide Investimentos destacaram, em nota a clientes, o “noticiário político ainda intenso”, mas disseram que “tudo indica que continuaremos em stand by: Cunha e Planalto tentam costurar acordão”, referindo-se ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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(Com agências)

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