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Brasil fica a um degrau de perder grau de investimento da Fitch

Diretor-executivo da agência de risco no Brasil explicou que rebaixamento em dois níveis acontece quando há mudanças estruturais nas expectativas de um país

Por Da Redação
15 out 2015, 11h46

O diretor-executivo da Fitch no Brasil, Rafael Guedes, ressaltou que a agência de risco geralmente não faz rebaixamento em dois graus de uma só vez. Segundo ele, um rebaixamento em dois graus só acontece quando “há um evento que muda estruturalmente a expectativa com relação aquele país”. A Fitch rebaixou nesta quinta-feira a nota de crédito do Brasil, de BBB para BBB-, ainda com grau de investimento, e colocou o rating sob perspectiva negativa. Na escala da Fitch, o país está a apenas um degrau de perder o selo de bom pagador.

“Tem que haver um evento que mude estruturalmente um país para ter uma alteração do rating em dois ou mais graus”, afirmou Rafael Guedes, que participa do “Seminário Brasil 2016”, promovido pela Amcham, em São Paulo.

Guedes destacou que “o comitê (sobre Brasil) pode se reunir a qualquer momento, até abril de 2016”, um ano depois da última decisão da agência sobre o país, quando manteve a nota soberana (BBB), mas reduziu a perspectiva de neutra para negativa. “Mas isso (a data da reunião) depende de analistas para avaliar quando é o momento certo para rever aquele crédito.”

Arte - Classificação das agências de risco
Arte – Classificação das agências de risco (VEJA)

Futuro – O diretor-executivo da Fitch no Brasil afirmou ainda que mesmo que 2016 seja um ano difícil, isso não necessariamente levaria à mudança do rating do Brasil. “Quando fazemos avaliação de rating estamos olhando no médio e longo prazos”, disse. “A questão não é como vai ser 2016, 2017, mas sim como serão os próximos anos.”

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Guedes salientou que o Poder Executivo está ativo em enviar sugestões de ajuste fiscal para o parlamento, mas não conta com o apoio no Legislativo para aprová-las. “O governo está sugerindo medidas ao Congresso, mas o problema está na sua aprovação”, destacou.

Ele acrescentou que no momento, o impeachment da presidente Dilma Rousseff não é o cenário base da agência internacional para o Brasil. “Impeachment sempre é negativo para rating. Certamente traz instabilidade política e econômica e não é positivo.”

Rebaixamentos – Em setembro, o Brasil perdeu o selo de bom pagador na escala da Standard & Poor’s (S&P), que reduziu a nota brasileira de BBB- para BB+. Além disso, sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo ao manter a perspectiva negativa para a nota brasileira.

Em agosto, foi a Moody’s que rebaixou a nota de crédito do país para Baa3, último grau dentro da faixa considerada grau de investimento. A agência também alterou a perspectiva da nota de “negativa” para “estável”.

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Histórico de classificação de risco do Brasil
Histórico de classificação de risco do Brasil (VEJA)

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(Com Estadão Conteúdo)

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