Paulistas são os que mais contratam crédito no país, afirma BC
Em média, cada paulista mantém mais de 9 contratos de crédito, segundo pesquisa do Banco Central
Os paulistas são os brasileiros que mais contratam operações de crédito no Brasil. Pesquisa do Banco Central (BC) mostra que, na média, cada paulista adulto mantém pouco mais de 9 contratos de crédito. Na lanterna do ranking está Alagoas, o único Estado brasileiro em que a média de contratos por adulto não chega a uma operação por pessoa. Na média nacional, cada brasileiro tem 4,47 contratos de crédito.
Segundo o Relatório de Inclusão Financeira, divulgado na manhã desta quarta-feira pelo BC, os brasilienses estão em segundo lugar na lista dos que mais contratam empréstimos, com média superior a 6 operações por adulto. Em seguida aparecem Paraná (quase cinco contratos por pessoa), Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro (cerca de quatro operações) e Pernambuco, o maior índice do Nordeste e Norte, com pouco mais de três financiamentos por adulto.
Na parte baixa do ranking, aparecem, além de Alagoas, Maranhão, Piauí, Pará, Tocantins, Rondônia e Acre, todos Estados com média entre um e dois contratos de crédito por habitante adulto.
Cartão segue em alta – Ao usar o dinheiro de plástico, brasileiros de menor renda preferem a função “crédito” ao uso no “débito”. O relatório do Banco Central (BC) divulgado nesta quarta-feira mostra que o cartão de crédito é mais popular entre as classes C, D e E do que o uso do débito em conta. Nas classes A e B, a utilização é exatamente a contrária.
Segundo o levantamento divulgado nesta manhã, o cartão de crédito é o instrumento preferido de pagamento de 13% dos brasileiros da classe C e de 8% dos consumidores das classes D e E. Esses porcentuais são maiores que o uso do cartão de débito, que foi opção de 12% na classe C e 6% entre os clientes das classes D e E.
Já entre os consumidores mais ricos, o cartão de débito lidera o uso do dinheiro de plástico e é preferido por 25% dos clientes das classes A e B. A função crédito é usada por parcela menor, de 17% desses consumidores.
Cheque sai de cena – Ainda de acordo com o relatório do BC, o cheque parece ter sido completamente esquecido no fundo da gaveta pelos brasileiros. O velho talão deixou de ser citado pelos consumidores de todas as classes sociais como instrumento para pagar contas no dia a dia. Segundo a pesquisa, o cheque continua sendo usado – ainda que cada dia menos – apenas por uma pequena parcela dos brasileiros para receber salários.
Segundo pesquisa publicada no Relatório de Inclusão Financeira, divulgado na manhã de hoje pelo BC, o talão de cheques foi a resposta de zero por cento dos brasileiros das classes A e B à pergunta sobre quais formas de pagamento são as mais usadas. O porcentual também foi repetido entre os entrevistados das classes C, D e E. Em 2007, o talão ainda era usado por 3% dos clientes da classe C e 1% dos consumidores das classes D e E.
Apesar do uso em queda, o cheque continua na carteira – ou na gaveta – dos clientes. Segundo a pesquisa, 26% dos brasileiros das classes A e B possuem o meio de pagamento. Já a presença dos talões é de 12% na classe C e de 4% entre os clientes das chamadas classes D e E. O cheque aparece apenas como maneira de pagar salários: esse é o instrumento financeiro recebido por 3% dos brasileiros das classes A e B, 1% da classe C e 2% das classes D e E.
O dinheiro continua a ser a principal forma de pagamento usada no Brasil: essa foi a opção de 57% dos entrevistados das classes A e B. Essa também foi a resposta de 75% dos consumidores da classe C e de 86% das classes D e E.
(Com Agência Estado)