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Parlamento do Chipre não deve aprovar taxa, diz agência

A partir das 13h, Parlamento vai votar as propostas de taxação de depósitos bancários do país em troca de ajuda internacional de € 10 bilhões

Por Da Redação
19 mar 2013, 10h50

O Parlamento de Chipre não deve aprovar a legislação que tributa depósitos bancários, afirmou uma agência de notícias local nesta terça-feira, citando Christos Stylianides, porta-voz do governo. Segundo Stylianides, o presidente do país, Nicos Anastasiades, deve conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, durante o dia, depois de já ter se reunido, na segunda-feira à noite, com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o comissário de assuntos econômicos da União Europeia, Olli Rehn.

A Comissão Europeia (CE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) – grupo de credores europeus chamado de troika – aprovaram na madrugada de sábado um plano de resgate de 10 bilhões de euros para o Chipre, em troca da adoção de uma taxa excepcional sobre os depósitos bancários na ilha, que está provando uma ampla rejeição entre os cipriotas. O montante representa 55% do Produto Interno Bruto (PIB0 do país, que é de 17,8 bilhões de euros e representa apenas 0,2% da economia da zona do euro.

Contudo, o Parlamento do Chipre precisa ainda ratificar as condições impostas pela troika, o que, segundo especialistas, será difícil nos atuais termos, que penalizam muito os mais pobres. O plano da troika prevê taxas de 6,75% para os depósitos bancários de menos de 100 mil euros e de 9,9% para os valores superiores, o que permitiria uma arrecadação federal de 5,8 bilhões de euros, segundo estimativas.

O debate parlamentar no Chipre sobre o plano de resgate europeu para a ilha foi adiado de segunda para esta terça-feira. A votação deve acontecer às 13 horas de Brasília. Este é o segundo adiamento da votação sobre o plano, que, inicialmente, estava prevista para domingo e depois passara para segunda-feira.

Resistência – Já prevendo a difícil aceitação das medidas pelo Parlamento, integrantes do governo cipriota – entre eles o ministro das Finanças do país, Michalis Sarris, e o presidente do Banco Central, Panicos Demetriadeso – estudam a apresentação de uma contraproposta para seus credores, que aliviaria a taxação para os pequenos correntistas ao limitar o desconto de 6,75% apenas para as pessoas com poupanças entre 20 mil e 100 mil euros.

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Contudo, como a ideia é que residentes e não residentes de Chipre sejam taxados, a repercussão está chegando na Rússia, país que se estima ter pelo menos 20 bilhões de dólares alocados no Chipre. Na segunda-feira, o presidente russo considerou “injusto” e “perigoso” o imposto excepcional sobre os depósitos bancários.

Em espera – Os últimos desdobramentos da crise afetaram até a bolsa de valores do Chipre. Os negócios foram suspensos nesta terça-feira, o que deve se repetir nesta quarta, e os bancos do país permanecem fechados, enquanto o governo tenta conter o pânico causado pela proposta de taxação a depósitos que faz parte do pacote de resgate anunciado no fim de semana.

Os cipriotas recorrem aos caixas eletrônicos para saques desde sábado, quando o acordo foi anunciado. O governo, que tenta ganhar tempo para obter apoio para o pacote de resgate, decidiu que os bancos só reabrirão na quinta-feira. Com os bancos fechados, a bolsa de valores não tem como fazer negócios ou monitorar os limites de crédito de seus membros.

(Com Estadão Conteúdo)

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