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País crescerá mais no 4º tri do que no 3º, diz diretor do BC

Segundo Aldo Mendes, diretor do BC, o impacto da taxa de juros baixa no quarto trimestre não será tão forte como foi no terceiro

Por Da Redação
10 dez 2012, 13h12

Para diretor do BC, dólar tem “gordura para queimar”

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre será melhor que o do terceiro, quando a economia cresceu apenas 0,6%, segundo o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes. Em seminário promovido nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, ele argumentou que, no geral, o último trimestre costuma ser mais aquecido aquecido.

Mendes atribuiu à redução da taxa de juros e aos efeitos no setor de serviços financeiros o resultado frustrante do PIB do período de julho a setembro. O mesmo não deverá ocorrer no quarto trimestre, quando a economia deverá crescer mais, conforme o diretor do BC. “O efeito da taxa de juros mais baixa não terá o mesmo impacto no quarto trimestre.”

Ele reafirmou a existência de “sólidos fundamentos macroeconômicos no Brasil”, embora, tenha apontado que, no exterior, permanece o crescimento baixo. Ele destacou que o país terminará o ano com investimento direto superior a 66 bilhões de dólares, o que permite financiar a conta corrente. De acordo com Mendes, o balanço de pagamentos não apresenta problemas.

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O diretor do BC ressaltou ainda que o índice de cobertura da dívida externa, de 13,4% do PIB, demonstra que “a solidez das contas externas no Brasil evoluiu”. Para ele, o cenário fiscal brasileiro é melhor do que o de economias avançadas.

Câmbio – Aldo Mendes ainda afirmou que a taxa de câmbio está acima do modelo calculado pelo BC – ou seja, que, pelo menos nesse momento, o dólar pode recuar. “A taxa de câmbio é muito complexa, é uma grande variável. Cada analista, cada instituição tem seu modelo… Tem um pouco de gordura na nossa taxa (cambial)”, afirmou Mendes.

O dólar, no momento em que o Mendes estava fazendo as declarações, estava sendo negociado pouco acima de 2,08 reais na venda, com queda de aproximadamente 0,40%. Às 13h53, a moeda norte-americana recuava 0,55%, a 2,0794 reais.

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As avaliações no mercado já apontavam para a estratégia do BC de não deixar o dólar ultrapassar o teto de 2,10 reais, após várias intervenções na semana passada. A última, na sexta-feira, foi a pesquisa de demanda junto às mesas de câmbio para a realização de leilões de swap cambial tradicional e de venda conjugada com compra. Até agora, o BC não informou se realizará as operações.

Aldo disse ainda que o BC tem bastante espaço para oferecer dólares no mercado spot ou de derivativos, conforme a necessidade. Ele reforçou que a autoridade monetária está preparada para fornecer liquidez, sobretudo neste final de ano, quando normalmente há escassez de recursos.

O diretor voltou a afirmar também que o BC não tem meta de câmbio, ou mesmo uma banda de oscilação. Na avaliação do mercado, no entanto, a autoridade monetária não quer o dólar acima de 2,10 reais nem abaixo de 2 reais.

Aldo disse ainda que o país fechará este ano com Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) de mais de 66 bilhões de dólares. A projeção do BC, até então, era de 60 bilhões de dólares, mais do que o suficiente para cobrir todo o déficit em transações correntes esperado para o período, de 53 bilhões de dólares.

No acumulado do ano até outubro, o IED somava 55,306 bilhões de dólares segundo dados do próprio BC, enquanto o déficit em conta corrente chegou a 39,554 bilhões de dólares.

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(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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