Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

NYSE e ATG criam nova plataforma em bolsa no Brasil

Com investimento inicial de 100 milhões de dólares, a ATS Brasil precisa ainda de aprovação do BC e da CVM para iniciar as atividades

Por Da Redação
5 nov 2012, 15h41

A NYSE Euronext – empresa que é lider global em operações financeiras, sendo responsável pelas bolsas de Nova York e Paris, entre outras – e a brasileira ATG fecharam nesta segunda-feira um acordo para criar uma plataforma de negociação de ativos em bolsa no Brasil. A nova empresa, segundo comunicado conjunto da ATG e da NYSE, vai se chamar Americas Trading System Brasil (ATS Brasil) e terá como objetivo desenvolver uma central de liquidez para o mercado brasileiro.

Fernando Cohen, presidente da ATG, acredita que a entrada da ATS Brasil no mercado local de ações exercerá um efeito positivo, já que contribuirá para expandir a variedade de produtos e serviços oferecidos a investidores na região. Cohen também enfatizou a importância da decisão da NYSE Technologies, a unidade de tecnologia da NYSE Euronext responsável diretamente pelo acordo com a ATG, de se expandir no mercado brasileiro e tornar-se parceira da ATS Brasil.

Concorrência – A nova plataforma de negociação a ser criada pela NYSE Euronext e a ATG espera chegar ao final de 2014 com 10% a 15% de participação no mercado de capitais brasileiro. Entretanto, o diretor executivo da ATG, Arthur Machado, reforçou que o interesse não é roubar participação da BM&FBovespa, e sim agregar novas opções de investimentos ao mercado nacional, elevando sua liquidez.

O executivo descartou a possibilidade de criar uma clearing para atender a essa nova plataforma de negociação. A intenção da nova empresa é negociar o uso da atual clearing da BM&FBovespa. “Não imagino o Brasil, com o tamanho da economia do país, com apenas uma bolsa”, afirmou Cohen.

Segundo ele, a atual direção da BM&FBovespa vai perceber a importância de se criarem novos centros de liquidez no país. Contudo, recentemente, o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, deixou claro que não pretende autorizar o uso de sua clearing pela Direct Edge – outra empresa interessada em criar uma plataforma de negociação no Brasil.

Cohen esclareceu ainda que, de início, a ATS pretende operar em um modelo conhecido como “mercado de balcão organizado” – ambiente administrado por instituições autorreguladoras que propiciam sistemas informatizados e regras para a negociação de títulos e valores mobiliários.

Continua após a publicidade

O investimento inicial na plataforma será de 100 milhões de dólares. A ATS Brasil tem planos de iniciar suas operações no país em 2013, assunto que depende de aprovação do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Leia também:

Ações do setor elétrico despencam na Bovespa

Leonardo Pereira toma posse como presidente da CVM

Autorização – CVM esclareceu nesta segunda-feira que não recebeu pedido de autorização para funcionamento de outras bolsas de valores no país. Além do anúncio feito pela NYSE Euronex e ATG, a Bats Global Markets, terceira maior bolsa dos Estados Unidos, e a gestora de recursos Claritas já haviam manifestado interesse em abrir uma concorrente da BM&FBovespa no país. Pouco depois, a também norte-americana Direct Edge anunciou decisão semelhante.

Continua após a publicidade

No entanto, nenhuma das empresas formalizou pedido ao regulador do mercado de capitais nacional. “Até o presente momento, a CVM não recebeu solicitação formal de entidade administradora de mercado”, afirmou a assessoria de imprensa da CVM em nota enviada à imprensa.

O diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, disse que independentemente de quais forem as bolsas que ingressarem no mercado brasileiro, elas devem ser competidoras globais.”Porque estes mercados perderam as fronteiras, pode-se dizer. Se um banco opera aqui, ele pode operar seus ativos no exterior. Por isso, uma empresa que lança ações e títulos aqui poderá lançar ações ou títulos no exterior”, explicou. Segundo ele, é interesse do governo brasileiro que as empresas que operam no país possam competir de igual para igual com as estrangeiras

Ele afirmou ainda que o BC avalia se as empresas que estão entrando no Brasil têm todas as ferramentas de gestão de risco. “Feito isso, têm a nossa autorização para funcionar”, disse. Perguntado se no futuro a BM&FBovespa poderá prestar serviços como o de custódia às empresas que estão entrando no Brasil, o diretor de política monetária do BC esclareceu que isso se deve a uma decisão empresarial e que não cabe o BC comentar o tema. “Para o BC, em qualquer setor, competição é sempre muito bom”, afirmou.

(com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.