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‘Medo dos mercados não pode guiar políticas’, diz Lagarde

Chefe do FMI afirmou que ações políticas é que devem orientar os mercados

Por Da Redação
9 jun 2012, 00h28

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, criticou nesta sexta-feira as autoridades por “permitirem que os medos dos mercados guiem suas políticas” e exigiu o fim dos “ciclos perigosos” que contribuem para o prosseguimento da crise na zona do euro.

“As autoridades políticas têm de guiar os mercados com suas ações, em vez de permitir que os medos do mercado guiem suas políticas”, afirmou Lagarde durante discurso em Nova York. A chefe do FMI reiterou que a economia global “ainda luta” para ganhar solidez em “circunstâncias muito difíceis”.

“A crise da zona do euro continua sendo a ameaça mais imediata e premente, e existe o risco de as condições piorarem”, acrescentou, pouco depois de o fundo ter antecipado a publicação de seus cálculos iniciais sobre as necessidades de recapitalização dos bancos espanhóis, que precisam de pelo menos 40 bilhões de euros, segundo o FMI.

Tensões – Lagarde citou entre essas as tensões a incerteza antes das eleições na Grécia, previstas para 17 de junho, e as “renovadas pressões” dos mercados sobre a Espanha e outros países europeus. Ela reiterou as chamadas do organismo internacional para uma maior coordenação e o fortalecimento das “ferramentas de gestão de crise e da arquitetura do sistema financeiro”.

Especificamente no caso europeu, Lagarde assinalou que “um mercado financeiro comum não pode sustentar-se em marcos legais e institucionais que atuem sobre uma base nacional”. “Para romper o círculo vicioso dos riscos financeiros soberanos, simplesmente é preciso haver mais repartição do risco através das fronteiras do sistema bancário”, argumentou.

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“Esses ciclos estão ameaçando a existência do projeto europeu”, disse Lagarde, que defende a criação de uma “instituição pan-europeia” que tenha autonomia para tomar ações diretas nos bancos. A diretora-gerente do FMI insistiu que a política monetária deve continuar sendo expansiva, e se referiu em particular ao Banco Central Europeu (BCE), que deveria “afrouxar as condições monetárias”.

Lagarde também aproveitou a ocasião para advertir sobre o chamado “precipício fiscal” que se desenvolve ainda de forma inicial nos Estados Unidos, devido à supressão abrupta de reduções de impostos combinada com cortes automáticos nos gastos públicos que podem ocorrer no início de 2013, se o Congresso americano não impedir.

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(Com agência EFE)

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