Espanha deve pedir ajuda da UE a bancos neste sábado
Fontes ouvidas por agência dizem que medida foi tomada depois que a Fitch diminui em três notas o rating da dívida espanhola
A Espanha deve pedir ajuda europeia aos bancos do país no fim de semana para evitar a piora dos problemas no mercado, tornando-se o quarto e maior país a buscar assistência desde que a crise da dívida da zona do euro começou, disseram fontes da Alemanha e da União Europeia à agência Reuters.
Neste sábado, 17 ministros de finanças da eurozona realizarão um encontro para discutir o pedido espanhol e depois divulgarão a decisão, de acordo com fontes não identificadas.
Na quinta-feira, a agência de classificação de risco Fitch Ratings reduziu a nota de crédito soberano da Espanha de A para BBB, diminuindo três posições, e destacou a preocupação com o contágio dos problemas de pagamento de dívida que a Grécia pode causar para o país.
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Em Bruxelas, o porta-voz da Comissão Europeia para assuntos econômicos e monetários, Amadeu Altafax, afirmou que não confirmou se haveria uma teleconferência de ministros das Finanças e disse que a Espanha não fez nenhum pedido de ajuda.
Altafaj acrescentou que, se houver algum pedido nesse sentido, ‘os instrumentos apropriados estão em vigor e prontos para serem utilizados’ segundo as normas.
Questionado sobre o rebaixamento da nota da Espanha pela agência de qualificação Fitch, Altafaj disse que a Comissão tomará decisões em função de suas próprias análises, e certamente não em função das notas das agências.
Por outro lado, Altafaj reconheceu que a situação dos bancos espanhóis é uma fonte de tensão nos mercados. Mesmo assim, ressaltou que a crise ‘não se resume apenas à Espanha, já que vários países encaram o mesmo problema de ‘fragilidade’ bancária’.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que iria aguardar o resultado de duas auditorias externas neste mês antes de falar com a Europa sobre como recapitalizar os credores.
Nesta sexta-feira, o presidente do Banco Central da Espanha, Miguel Ángel Fernández Ordóñez, que está de saída do cargo,disse que a prioridade do país deve ser restaurar a confiança perdida na economia, ao passo que elevar custos da dívida seria algo extremamente perigoso para o médio prazo.
Ele disse que, embora erros tenham sido cometidos sob sua gestão, as decisões sempre foram tomadas de maneira profissional e acrescentou que a independência do BC deve ser preservada.Ele tem sido culpado pelos problemas atuais no sistema bancário espanhol.
(com agência EFE e Reuters)