Lucro da TIM cresce 3,9% em 2013 — a R$ 1,5 bilhão
A base de clientes pós-pagos, foco da estratégia da companhia, cresceu 14,6% no ano passado, para 12,3 milhões de usuários
A operadora de telefonia TIM Participações registrou alta de 7,9% em seu lucro líquido no quarto trimestre, acima do esperado pelo mercado, impulsionado por uma aceleração das vendas de pós-pago e das receitas com dados, em um momento em que o mercado trabalha com a possibilidade de venda da empresa.
O lucro líquido no quarto trimestre somou 498,9 milhões de reais, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, a sigla em inglês) chegou a 1,499 bilhão de reais, alta de 5,2% sobre o quarto trimestre de 2012.
No ano, o lucro líquido da TIM, controlada pela Telecom Italia, foi de 1,5 bilhão de reais, alta de 3,9% ante 2012.
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Analistas consultados previam, na média, lucro líquido de 427 milhões de reais no período de outubro a dezembro, e Ebitda de 1,39 bilhões de reais.
A base de clientes pós-pagos, foco da estratégia da companhia, cresceu 14,6% no ano passado, para 12,3 milhões de usuários, enquanto a base pré-paga subiu 2,5% no ano, para 61,1 milhões.
Em relatório, a operadora disse ter dado, em 2013, continuidade à busca por maior eficiência, “abordagem que pode ser verificada na aceleração das vendas no pós-pago e redução da inadimplência ao menor patamar histórico”. As provisões para devedores duvidosos caíram 4,4% em 2013 contra 2012.
A receita bruta de dados subiu 21,5% no ano, para 5,4 bilhões de reais, impulsionada pela maior penetração dos smartphones, que representam cerca de 55% da base total.
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No quarto trimestre, a receita líquida total subiu 3,1% ante o mesmo período de 2012, para 5,183 bilhões de reais. E a receita líquida média por cliente (ARPU, do inglês) atingiu 19,2 reais no período, queda de 3,5% na comparação anual.
A diretoria da operadora irá propor ao Conselho a distribuição de 843 milhões de reais em dividendos, o equivalente a 0,3488 real por ação ordinária. A proposta será apresentada ao Conselho para posterior aprovação de assembleia de acionistas que ocorrerá em abril.
Analistas disseram que, mais que os resultados, investidores estão atentos a sinais de consolidação no setor de telecomunicações e à possibilidade de venda da TIM.
A espanhola Telefónica, que no Brasil é dona da Telefônica Brasil, fechou no ano passado acordo para ampliar gradualmente o controle na Telecom Italia.
O órgão antitruste brasileiro, o Cade, disse em dezembro que a espanhola terá que vender sua participação na TIM ou buscar um novo parceiro para o seu negócio de telefonia móvel Vivo.
(Com Reuters)