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Levy ignora rumor sobre demissão e defende ajuste fiscal rápido

Em jantar com 40 senadores, ministro pede votação de medidas para melhorar as contas públicas e evita responder sobre sua substituição por Henrique Meirelles

Por Da Redação
11 nov 2015, 11h53

Em jantar realizado nesta terça-feira com 40 senadores, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ignorou os rumores sobre sua eventual substituição pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e pediu apoio para aprovar rapidamente o ajuste fiscal no Congresso. No encontro, realizado na casa do líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE), Levy não quis se manifestar sobre o noticiário dos últimos dias, que trata de sua eventual saída do governo.

No encontro, o ministro chegou a ser questionado pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) mais de uma vez sobre o assunto, mas ele preferiu discorrer sobre a agenda econômica no Congresso. O dólar está em queda desde o início desta quarta-feira por causa desses rumores.

No início da conversa, o anfitrião anunciou que o objetivo da conversa era buscar soluções para a crise econômica atual que não atingissem o bolso do contribuinte. Eunício chegou a citar que, pelo menos o Senado, nunca faltou com o governo e destacou que, mesmo tendo origem no mundo empresarial, assumiu o difícil papel de defender como relator a reoneração das empresas.

Em suas manifestações, senadores da base e da oposição, como Blairo Maggi (PT-MT), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), se revezaram nas queixas sobre o fato de que o governo tem tomado medidas de ajuste fiscal que sempre exigem novas iniciativas. E que o quadro econômico é complicado, com recessão e demissões.

Nas suas intervenções, Levy insistiu na necessidade de se aprovar, o quanto antes, as medidas do segundo ajuste fiscal e, em especial, a CPMF. Segundo o ministro, se o Congresso apoiar as medidas, a economia voltará a reagir e crescer rapidamente. Foi a mesma linha de ação que ele defendeu em almoço nesta terça-feira com senadores do bloco União e Força (PTB, PR, PSC e PRB).

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O ministro observou que o endividamento das famílias é pequeno e que, com o ajuste, melhoraria a expectativa para todos. Ele afirmou ainda que o ajuste e o aumento de impostos em si são a solução para o futuro. Também defendeu a reforma do ICMS, uma das principais medidas defendidas pelos senadores.

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Levy elogiou a intenção do Senado de, caso a Câmara não aprove logo o projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior não-declarados ao Fisco, retomar o substitutivo ao projeto do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que tratava do assunto. Foi uma resistência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de não apreciar o projeto de Randolfe que fez o governo enviar um projeto para ser analisado pelos deputados. Esse texto, contudo, foi desfigurado pela Câmara e, com as mudanças até o momento, deixa de ajudar no caixa do governo.

No encontro, o ministro disse, mais de uma vez, que queria ouvir sugestões dos senadores do PT, a quem chamou de “meu partido”. Contudo, os petistas presentes se calaram durante a maior parte do encontro, que começou por volta das 21h e só foi terminar à 1h desta quarta-feira, 11.

Para frustração dos presentes, Levy não acenou com novas medidas de estímulo econômico e não se ancorou na Agenda Brasil, pacote de iniciativas lançada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar melhorar a situação das finanças e da economia brasileira. Renan e o ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) estiveram presentes e não se manifestaram.

(Com Estadão Conteúdo)

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