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Gol anuncia fim da Webjet e demissão de 850 empregados

Segundo presidente da aérea, a mudança não afetará nenhum passageiro

Por Naiara Infante Bertão
23 nov 2012, 09h35

A companhia aérea Gol anunciou nesta sexta-feira o fim das atividades da Webjet e o corte de cerca de 850 postos de trabalho em decorrência dessa decisão. A empresa, em comunicado, afirma que o processo começa já nesta sexta. “Nenhum passageiro da Webjet será afetado pela decisão, todos os voos da companhia já foram transferidos para aviões da Gol”, disse o presidente da companhia, Paulo Sérgio Kakinoff, nesta manhã. A empresa passa, portanto, a ser responsável por todos os serviços de transporte aéreo e assistência aos passageiros da Webetj, comprada pela Gol em agosto de 2011.

“A capacidade operacional e a taxa de ocupação da Gol (60 a 65%) permite que absorvamos todos os voos da Webjet com nossos aviões e tripulação, dentro de nossa estrutura”, afirmou Kakinoff.

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Decisão – O presidente também explicou que toda a malha e voos da Webjet se integram à rede da Gol. “Apenas seis aeronaves estavam voando (frota própria), as outras 14 estavam já em processo de negociação para devolução (do arrendamento)”, explicou o presidente. Elas devem ser devolvidas até o final do primeiro trimestre do próximo ano, segundo estima a companhia aérea.

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A decisão de não voar mais com aeronaves modelo Boeing 737-300 foi tomada em vista do alto consumo de combustível por tais aeronaves e sua defasagem tecnológica, que acarreta elevados custos de manutenção em um momento em que a companhia sofre com um prejuízo acumulado de 1,06 bilhão de reais nos nove primeiros meses do ano.

“O forte prejuízo se deve a combinação de fatores macroeconômicos e conjunturais, que colocou a operação em um estado deficitário bastante crítico. A desvalorização cambial (do real), trouxe à base de custos um aumento importante nas despesas não só de combustível, mas também de arrendamento de aeronaves e manutenção de motores, uma vez que todas são dolarizadas”, disse o presidente.

“Somente combustível passou a representar 46% dos custos diretos da Gol e isso explica por que não queremos operar com as atuais 737 (modelo 737-300); consequentemente, com a decisão de não operar essas aeronaves, tivemos de demitir esses funcionários ligados a operação e manutenção e que não podem ser abdsorvidos pela Gol”, completa.

Kakinoff reitera ainda que as atuais aeronaves da Gol (especialmente do modelo 737-700) são 30% mais eficientes no consumo de combustíveis, o que teria motivado financeiramente a companhia a abandonar os voos da Webjet. Já operacionalmente, a incorporação da Webjet garantirá que a Gol aumente seu market share, que hoje é de 33,89% (janeiro a setembro de 2012).

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Demissões – Como consequência do encerramento das operações, a Webjet desligará aproximadamente 850 colaboradores, sendo que os tripulantes de voo já foram avisados e serão desligados imediatamente, enquanto outros profissionais deverão ter sua rescisão acertada nos próximos meses. “Serão demitidos 143 tripulantes técnicos, 400 tripulantes comerciais e demais profissionais do grupo de manutenção de voo”, explicou Kakinoff. Ele reitera que as demissões não foram baseados na faixa salarial, mas sim na atividade e operação que essas pessoas trabalhavam, que foram paralisadas.

Ao todo, a Webjet tinha 1500 funcionários. Segundo Kakinoff, 450 profissionais foram absorvidos pela Gol e entre 150 e 200 estão em fase de pré-aposentadoria ou licenças. Há ainda trabalhadores que ficarão responsáveis pelas ações administrativas para o encerramento da Webjet e da transferência operacional da Gol. No fim do ano, a Gol ficará com pouco mais de 15 mil funcionários, ante 20 mil do fim de 2011, disse seu presidente.

Efeitos – A empresa acredita que as medidas deverão resultar em uma operação mais eficiente a partir de 2013, sendo que no quarto trimestre os custos devem aumentar, por causa das demissões.

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