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George Soros: Putin só triunfa porque Europa está fraca

Megainvestidor anuncia sua 'aposentadoria' do mercado financeiro em Davos e pede que o mundo abra os olhos para a crise da Ucrânia

Por Ana Clara Costa, de Davos
22 jan 2015, 22h45

O megainvestidor de origem ucraniana George Soros fez um apelo na noite desta quinta-feira, em Davos, na Suíça, para que o mundo olhe para os conflitos na Ucrânia. Radicado nos Estados Unidos, onde construiu seu império, o bilionário organizou um jantar privado durante o Fórum Econômico Mundial para expor suas ideias em relação à falta de solução para a crise no leste europeu. Soros, que anunciou também sua “aposentadoria” do mercado financeiro, discursou para jornalistas e autoridades ucranianas e acusou os países desenvolvidos de fecharem os olhos para a pressão que a Rússia tem feito para anexar regiões da Ucrânia. “Um Estado repressivo e mafioso como a Rússia não poderia se colocar como obstáculo se não fosse pelas fraquezas da União Europeia”, afirmou o investidor.

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Soros afirmou que, depois da crise de 2008, os Estados Unidos en a Europa deixaram de pensar em soluções em conjunto e se internalizaram, o que impactou no equilíbrio de poderes em todo o mundo. “A crise transformou o que havia sido uma associação voluntária de países soberanos, que queriam abrir mão de parte da soberania em nome de uma causa em comum, em uma relação de devedores e credores”. Segundo Soros, a força de Putin só consegue se manter porque não encontra uma parede política forte o bastante na União Europeia.

Para o megainvestidor, a Ucrânia tem papel fundamental no futuro do bloco. Segundo ele, a desintegração da União Soviética ocorreu quando as conversas sobre integração europeia avançavam a passos largos. Agora, a Rússia resurge e a Europa se desintegra. “Isso dá à Ucrânia uma posição central. Como o país vai conduzir a agressão russa determinará não só o destino da Ucrânia, mas também o da própria União Europeia.”

Para o investidor, a queda nos preços do petrolóleo, que tem prejudicado a Rússia mais do que as sanções econômicas aplicadas pelo Ocidente, pode ajudar a enfraquecer Putin em seu próprio reduto. Mas não é suficiente para que o presidente russo perca todo o seu apoio popular. Soros afirmou que é necessário apoio financeiro da Europa para que o presidente russo não continue implementando uma estratégia muito conhecida para a anexação de territórios: a de dividir para conquistar.

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