EUA criam 163 mil empregos em julho

Número veio bem acima das expectativas de analistas, que previam a criação de 95 mil vagas. Taxa de desemprego ficou em 8,3% no mês

Por Da Redação
3 ago 2012, 09h58

Em São Francisco, Califórnia, centenas de candidatos foram entrevistados em um restaurante da rede McDonald's nesta terça-feira. A rede de fast-food prometeu oferecer em um só dia 50.000 vagas de emprego em todo o país (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA)

A retomada da economia americana reflete-se, finalmente, nos números do mercado de trabalho. Após três meses de desempenho frustrante, os Estados Unidos (EUA) criaram em julho cerca de 163 mil postos de trabalho. O dado veio muito acima das expectativas de analistas, que previam um aumento de 95 mil vagas no período.

Contudo, os números não são suficientes para fazer com que a taxa de desemprego recue. Segundo o Departamento de Trabalho, o indicador teve leve alta, de 8,2% em junho para 8,3% em julho.

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Ainda assim, a perspectiva de retomada do emprego é fato importante na disputa presidencial dos EUA. O alto índice de desemprego é pauta frequente nos discursos do candidato republicano Mitt Romney criticando Barack Obama pelo mau momento da economia do país. Obama também defende a criação de empregos como a prioridade número um de sua gestão. Apesar disso, a história americana mostra que é possível um presidente se reeleger nos EUA mesmo com altas taxas de desemprego.

Perspectivas – Apesar do número animador, as últimas informações divulgadas pelo Banco Central americano, o Federal Reserve, não seguem o mesmo ritmo. Na última quarta-feira, Ben Bernanke ofereceu uma perspectiva menos otimista sobre a economia norte-americana, destacando que o crescimento desacelerou.

Diante desse quadro, a autoridade monetária decidiu manter suas taxas de juros, sem anunciar novas medidas de estímulo. As taxas de referência vão se manter entre 0% e 0,25% até o final de 2014 e o programa de recompra de bônus continuará.