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Dólar sobe 1,24% e fecha a R$ 3,92 após rebaixamento do Brasil

Dia ainda foi marcado pelo noticiário sobre eventual saída do governo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o aumento dos juros nos EUA

Por Da Redação
16 dez 2015, 16h43

O dólar subiu mais de 1% nesta quarta-feira e fechou acima de 3,90 reais pela primeira vez em um mês e meio, com investidores preocupados com a possibilidade de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixar o governo, e também influenciados pelo rebaixamento da nota de crédito do Brasil anunciado pela agência Fitch. No fim da sessão, o dólar avançou 1,24%, a 3,92 reais. É a primeira vez que a moeda americana encerra acima de 3,90 reais desde 28 de outubro, quando terminou a 3,92 reais.

No começo da tarde desta quarta, a agência de classificação de risco Fitch retirou o selo de bom pagador e colocou a nota do país em perspectiva negativa, o que deixa aberta a possibilidade de novo rebaixamento. A decisão ocorre um dia após o governo reduzir a meta de superávit primário de 2016, de 0,7% para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A revisão da meta fiscal contraria o objetivo do ministro da Fazenda, que teria, nos bastidores, ameaçado deixar o cargo se isso ocorresse.

“A redução da meta fiscal enfraquece cada vez mais o Levy. A permanência dele no governo parece estar com as horas contadas”, disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

No momento do fechamento do mercado à vista, o Federal Reserve, banco central dos EUA, elevou a taxa de juros do país, como era esperado. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) elevou a faixa para sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 0,25% e 0,50% ao ano.

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“Sem um grau de investimento e enfrentando problemas políticos e econômicos significativos, o Brasil não está em boa posição para enfrentar as consequências do aumento dos juros pelo Fed”, escreveu o economista para mercados emergentes do banco BBVA, em nota clientes, Enestor dos Santos.

Leia mais:

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Entenda a classificação de risco de empresas e países

Bolsa – Mesmo com os receios de saída de Levy e após a Fitch etirar o grau de investimento do Brasil, a bolsa brasileira terminou em alta de 0,32%, aos 45.015,84 pontos. Na mínima, no entanto, chegou a atingir 44.095 pontos (-1,73%).

Após operar parte da sessão no campo negativo, a Bolsa começou a devolver a queda até virar para o positivo. As explicações de agentes de mercado variaram. No geral, a leitura mais recorrente era de que o rebaixamento do país já estava precificado. Para alguns profissionais, o rebaixamento pode pressionar o Congresso a aprovar medidas importantes para o ajuste fiscal, o que acabou favorecendo o mercado de ações.

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(Com agência Reuters)

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