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BC dos EUA eleva juros pela primeira vez desde 2006

Fed aumentou taxa para intervalo entre 0,25% a 0,50%; decisão tende a tirar recursos de países emergentes, como o Brasil

Por Da Redação
16 dez 2015, 16h25

Em uma decisão unânime e amplamente esperada pelo mercado, o Comitê de Política Monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, elevou a taxa de juros do país pela primeira vez em quase dez anos. Após reunião encerrada nesta quarta-feira, as taxas serão aumentadas para um intervalo entre 0,25% a 0,50%. Até então, os juros eram mantidos entre zero e 0,25%. A última elevação dos juros aconteceu em 29 de junho de 2006.

“Dada a perspectiva econômica, e reconhecendo o tempo para que ações políticas se reflitam nas condições econômicas, o comitê decidiu aumentar a taxa de juros para entre 0,25% e 0,50%”, afirmou, em nota. “A orientação da política monetária permanece acomodatícia depois desse aumento, apoiando, assim, outras melhorias nas condições do mercado de trabalho e na volta da inflação a 2%.”

A decisão coloca fim a um longo debate sobre se a economia dos EUA está forte o suficiente para aguentar custos de financiamento maiores. “Considerando a inflação atual abaixo da meta de 2%, o Comitê vai monitorar com cuidado o progresso real e esperado a caminho da meta de inflação. O Comitê espera que as condições econômicas evoluam de forma a assegurar apenas aumentos graduais de juros”, acrescentou o Fed.

Em coletiva, a chair do Fed, Janet Yellen, disse que a decisão “marca o final de um período extraordinário de juros próximos de zero para apoiar a recuperação da economia após a pior crise financeira e recessão desde a grande depressão”. A taxa básica de juros dos EUA vem sendo mantida perto de zero desde o final de 2008, quando foi reduzida para dar fôlego à economia americana durante a crise financeira internacional.

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Yellen também afirmou que a decisão não surpreende os países emergentes e minimizou o impacto negativo que a decisão pode ter nessas economias. “Acho que essa decisão era esperada e foi objeto de uma comunicação clara, ao menos assim espero. Por isso, não acho que seja uma surpresa”, declarou. “Agora, podem ter consequências negativas via fluxo de capitais, mas é preciso lembrar que também há efeitos positivos quando a economia americana se fortalece”, completou.

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Brasil – Países emergentes, como Brasil, devem sofrer uma fuga de recursos, além de alta volatilidade em seus mercados. Isso porque juros mais altos atraem capital para os títulos públicos americanos, que passam a ser mais rentáveis. Alguns efeitos de curto prazo no Brasil são uma queda da Bovespa e um avanço do dólar frente ao real.

(Da redação)

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