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Dilma precisa explicar objetivos dos ajustes, diz FHC

Na avaliação de FHC, presidente precisa indicar o que pretende fazer após cortes de gastos

Por Da Redação
13 Maio 2015, 17h27

O Brasil precisa de um ajuste fiscal, mas o governo Dilma Rousseff deve mostrar por que ele é necessário e indicar quais são os rumos futuros do país, disse nesta quarta-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso em Nova York. Segundo ele, o PSDB não é contra o pacote proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas rejeita algumas de suas medidas.

Na semana passada, a bancada tucana votou em peso contra a proposta que restringe o acesso a benefícios trabalhistas. “O ajuste tem de ser feito, vai ser feito. Haverá discussões, o PSDB vai votar uma hora a favor uma hora contra”, declarou FHC em Nova York, depois de participar de seminário com investidores ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

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Na avaliação de FHC, Dilma precisa indicar o que pretende fazer em uma série de áreas, da atuação das agências reguladoras aos investimentos, passando por redução da influência partidária na máquina pública e solução das deficiências do setor de energia.

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“O ajuste é para quê? Para reforçar outra vez os mesmos donos do poder que nos levaram a esse desastre ou é para criar uma situação que possa permitir uma esperança maior para o Brasil?”, questionou em entrevista concedida ao fim do evento.

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Otimismo – Tanto FHC quanto Alckmin adotaram um tom otimista em seus discursos aos empresários, em um evento voltado à atração de investimentos para o Estado de São Paulo. Ambos disseram que a crise atual é conjuntural e momentânea. “A sociedade brasileira é melhor do que sua elite política”, declarou o governador.

Na entrevista, o ex-presidente foi mais incisivo nas críticas ao governo. Disse que houve um “destino de gasto público”, que agora precisa ser revertido. Mas para que isso seja possível, é necessário mostrar o passo seguinte. “Não se pode fazer sem explicar qual é a saída, para onde nós vamos, qual é o futuro que estamos criando para o Brasil. Está faltando esse outro lado”, disse ele.

Alckmin também foi mais duro nas declarações à imprensa do que em seu discurso aos 374 empresários e investidores reunidos em Nova York. Segundo ele, 90% do ajuste proposto por Dilma recaem sobre a população, por meio do aumento de impostos e corte de benefícios. “A parte do governo é muito tímida, quase não existente.”

Nas declarações aos jornalistas, o governador defendeu ainda a realização de reformas estruturais. “Eu destacaria a reforma tributária, para simplificar o modelo, a reforma política. Não é possível nós estarmos com mais de 30 partidos políticos e 26 na lista de espera, podemos chegar a 60 partidos políticos no Brasil, isso é inimaginável.”

(Com Estadão Conteúdo)

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