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Demanda por bônus da Petrobras supera US$ 22 bilhões

Empresa emitiu US$ 8,5 bilhões em títulos com vencimentos que variam de três a 30 anos. Recurso será usado para financiar plano de negócios

Por Da Redação
10 mar 2014, 13h22

Atualizada às 16 horas

A Petrobras vendeu no exterior 8,5 bilhões de dólares em seis lotes de títulos nesta segunda-feira. A demanda superou as expectativas e chegou a 22 bilhões de dólares. A captação é mais uma tentativa da estatal de conseguir recursos para financiar seu plano de investimentos num período em que o mercado de capitais no Brasil passa por uma onda de pessimismo. A empresa prevê investir 220,6 bilhões de dólares nos próximos cinco anos.

Na operação, a subsidiária Petrobras Global Finance vendeu 1,6 bilhão de dólares em bônus com vencimento em três anos e diferença de preço (spread) de 250 pontos básicos em relação aos Treasuries, títulos do Tesouro norte-americano que são constantemente usados como referência para outros investimentos por serem considerados os mais seguros do mundo.

Foram ainda vendidos 1,4 bilhão de dólares em papéis de três anos com spread de 236 pontos sobre a Libor – que é a taxa de referência diária para empréstimos – de três meses. Outros 1,5 bilhão de dólares em títulos com prazo de seis anos foram emitidos com spread de 330 pontos básicos sobre Treasuries e outros 500 milhões de dólares com spread de 288 pontos sobre a Libor de três meses.

A operação inclui ainda a venda de 2,5 bilhões de dólares em papéis de 10 anos com spread de 350 pontos sobre Treasuries e, por fim, 1 bilhão de dólares em bônus de 30 anos com 360 pontos sobre Treasuries comparáveis, segundo o IFR, um serviço da Thomson Reuters. Os coordenadores da operação são HSBC, JPMorgan, Citi, Bank of China, BB Investimentos e Bradesco BBI.

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Investimentos – Os recursos captados pela Petrobras devem ser usados para ajudar a financiar o plano de negócios da companhia de 2014 a 2018. Os investimentos da empresa estimados para este período foram reduzidos em 7% em relação ao plano anterior, ainda assim para o robusto montante de 220,6 bilhões de dólares.

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A Petrobras padece de alto endividamento e defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno na comparação com os preços internacionais, além de estar enfrentando obstáculos para elevar sua produção. A ação preferencial da companhia acumula queda de 22% neste ano, até 7 de março, contra perda de 10,2% do Ibovespa.

Dívida – No ano passado, a Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório do Bank of America Merrill Lynch. A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano e, desde 2009, os custos de financiamento também subiram.

Em maio de 2013, a Petrobras protagonizou a maior captação de bônus em dólares por uma companhia da América Latina, ao vender 11 bilhões de dólares nos mercados internacionais. Também foram seis divisões de contratos com prazos entre três e 30 anos – e a demanda naquela ocasião superou os 50 bilhões de dólares.

(com agência Reuters)

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