Bovespa segue bolsas americanas e cai; dólar fica estável

Bolsa opera em queda de 1,95% na tarde desta terça-feira e moeda americana é cotada a 2,1375

Por Da Redação
12 jun 2013, 16h14

Bovespa, em São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA)

A BM&FBovespa seguiu o movimento das bolsas americanas durante a tarde desta quarta-feira e passou a cair. Às 16h10 (horário de Brasília), o índice Ibovespa estava negativo em 1,95%, a 48.799 pontos, puxado pela queda de 10% dos papéis da LLX, de Eike Batista, que eram negociados a 1,24 real. No mesmo horário, o dólar operava estável, cotado a 2,1375 reais.

As ações da OGX, empresa também controlada por Eike, mantinham-se em queda de 8% ao longo da tarde, cotadas a 1,07 real, depois de caírem mais de 8% no pregão de terça-feira. Os investidores ficaram apreensivos depois que o bilionário enviou documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), avisando sobre a redução em sua participação na petroleira – ela passou de 61,1% para 58,9%.

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Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones era negociado em queda de 0,8%, enquanto a Nasdaq caía 1%. O indicador S&P 500 mostrava queda de 0,76% no início da tarde. O movimento de queda das bolsas americanas também é reflexo das incertezas sobre a mudança de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

A autoridade monetária cogita reduzir seu programa de recompra de títulos públicos e tal movimento poderá minar a liquidez no mercado financeiro global. Diante de tal cenário, o real e grande parte das divisas estrangeiras têm perdido valor ante a moeda americana.

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O fim dos estímulos do Fed afeta diretamente o mercado futuro de títulos de dívida americana. Desta forma, torna-se mais rentável aproveitar a onda de valorização que poderá atingir o mercado de títulos americanos do que investir em países emergentes. Esse movimento também afeta as bolsas, já que muitos investidores preferem migrar parte de seus recursos de investimentos em ações para títulos do Tesouro.

Dólar – Na terça-feira, a moeda oscilou entre 2,14 e 2,16 reais ao longo do dia, após o Banco Central intervir no mercado de câmbio por meio da venda de contratos de dólar no mercado futuro – o chamado swap cambial. O BC vendeu, nesta terça-feira, 50 mil contratos – 32 mil contratos com vencimento em 01/08/2013 e 13 mil com prazo final em 02/09/2013.

Na segunda-feira, o BC também realizou dois leilões de swap cambial para conter a desvalorização do real. Mesmo com o movimento, a cotação no fechamento foi a 2,1480 reais, alta de 0,56%. Se a tendência de alta persistir, a moeda americana pode bater novo recorde em quatro anos – a cotação mais alta de fechamento até agora foi a de segunda-feira. Antes disso, a última alta deste nível havia sido em 30 de abril de 2009 (2,1880 reais).