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Bolsa fecha em queda de 3%, abaixo dos 50 mil pontos – mas dólar cede

Moeda americana fechou cotada a 2,147 reais, em queda de 0,4%. Investidores aguardam possível retirada de IOF sobre derivativos

Por Da Redação
11 jun 2013, 17h21

A BM&FBovespa recuou ao menor nível desde agosto de 2011, nesta terça-feira, devido aos reflexos da alta do dólar no mercado internacional. Outro ponto que influenciou a queda do Ibovespa, o principal índice da bolsa, foi a decisão do empresário Eike Batista de reduzir sua participação na OGX de 61,1% para 58,9%. A ação da petroleira de Eike caiu 9,3%, cotada a 1,17 real – a maior queda do dia. O Ibovespa fechou em baixa de 3,01%, a 49.769 pontos. Já o dólar cedeu 0,4%, negociado a 2,147 reais.

A moeda americana oscilou entre 2,14 e 2,16 reais ao longo de todo o dia, após o Banco Central intervir no mercado de câmbio por meio da venda de contratos de dólar no mercado futuro – a chamada swap cambial. O BC vendeu, nesta terça-feira, 50 mil contratos – 32 mil contratos com vencimento em 01/08/2013 e 13 mil com prazo final em 02/09/2013.

Na segunda-feira, o BC também realizou dois leilões de swap cambial para conter a desvalorização do real. Mesmo com o movimento, a cotação no fechamento foi a 2,1480 reais, alta de 0,56%. Se a tendência de alta persistir, a moeda americana pode bater novo recorde em quatro anos – a cotação mais alta de fechamento até agora foi a de segunda. Antes disso, a última alta deste nível havia sido em 30 de abril de 2009 (2,1880 reais).

O movimento de alta pode ser explicado, em parte, pela expectativa de mudança da política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve, banco central americano, cogita reduzir seu programa de recompra de títulos públicos e tal movimento poderá minar a liquidez no mercado financeiro global. Diante de tal cenário, o real e grande parte das divisas estrangeiras têm perdido valor ante a moeda americana.

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O fim dos estímulos do Fed afeta diretamente o mercado futuro de títulos de dívida americana, cujos juros já estão subindo. Desta forma, torna-se mais rentável para o capital estrangeiro aproveitar a onda de valorização que poderá atingir o mercado de títulos americanos, do que investir em emergentes.

Tal movimento também explica, em parte, a queda do Ibovespa, tendo em vista que 42,2% dos investidores da bolsa brasileira são estrangeiros.

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Fim do IOF – Devido ao cenário de instabilidade que há muito não se configurava no mercado financeiro brasileiro, os investidores aguardam novas medidas do governo para retirar as travas que ainda existem para a entrada de capital externo no país. Na semana passada, o ministro Guido Mantega zerou o imposto sobre operações financeiras (IOF) de investimentos estrangeiros em títulos de renda fixa. A alíquota anterior era de 6%. Agora, há expectativa que a Fazenda elimine também a tributação de 1% sobre investimentos no mercado de derivativos.

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A presidente Dilma Rousseff está reunida com Guido Mantega no Palácio da Alvorada, em Brasília, desde as 16h30. A reunião não estava prevista, mas a agenda foi alterada no início da tarde desta terça-feira. As assessorias de imprensa da Presidência e do Ministério da Fazenda não confirmaram ao site de VEJA a pauta do encontro. Contudo, há expectativa de que ambos estejam desenhando novas medidas para conter o dólar e tentar estancar a saída de investimentos do mercado de capitais do Brasil.

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