Bolsas na Europa fecham com perdas após reportagem do ‘Wall Street Journal’

Segundo o periódico, o banco central americano estaria planejando como retirar os estímulos aplicados na economia do país

Por Da Redação
13 Maio 2013, 19h45

Com a queda nas bolsas da Europa, o Fed estuda uma estratégia para desacelerar a economia norte-americana por meio da retirada do montante aplicado (Daniel Roland/AFP/VEJA)

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, influenciadas por uma reportagem do Wall Street Journal (WSJ), que afirmou que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, já começa a planejar como retirar os estímulos que tem injetado na economia norte-americana. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com queda de 0,17%, aos 304,46 pontos.

De acordo com o WSJ, a estratégia do Fed é promover uma desaceleração no programa de 85 bilhões de dólares com a compra de bônus destinados à recuperação da economia. Contudo, a ação deve ser aplicada com cuidado, calculando a variação das compras conforme o andamento do mercado de trabalho e a evolução da inflação.

O jornal ainda revela que esse processo para desacelerar a economia ainda está sendo discutido. Da mesma forma, o banco BNY Mellon avalia que tal medida não vai ser iniciada imediatamente. “No entanto, nada sugere que o Fed vai adotar uma postura mais conservadora nos próximos anos”, afirma o banco.

A produção industrial da China também contribuiu para as vendas das ações europeias. Ficando além do esperado para o mês de abril, ela apresentou uma alta de 9,3% em comparação ao mesmo período de 2012. Ao mesmo tempo, houve um aumento surpreendente nas vendas no varejo dos EUA, avançando 0,1% em abril, frente a uma previsão que apontava uma queda de 0,4%.

Na Itália, o tesouro vendeu o equivalente a 8 bilhões de euros em bônus a um preço abaixo do ofertado anteriormente. A Bolsa de Madri apresentou o pior desempenho, fechando com o índice Ibex 35 recuando 1,01% para 8.457,80 pontos. As perdas também ocorreram no Banco Popular (3%), Caixabank (2,4%) e Santander (2,2%).

Também fecharam em território negativo os índices CAC 40 (-0,22%, a 3.945,20 pontos), de Paris, FTSE Mib (-0,65%, a 17.171,52 pontos), de Milão, e PSI 20 (-0,90%, a 6.219,09 pontos), de Lisboa.

Contrário às perdas, Londres encerrou o dia com o FTSE 100 apresentando um modesto ganho de 0,1% a 6.631,76 pontos. Frankfurt também conseguiu escapar do negativo, com o índice inflacionário DAX 30 praticamente sem alterações, avançando 0,01% para 8.279,29 pontos.

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(com Estadão Conteúdo)