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BC dos EUA anuncia novo programa de estímulo econômico

Fed comprometeu-se a adquirir US$ 45 bi em títulos do Tesouro dos EUA, além dos US4 40 bi em ativos hipotecários que começou a comprar em setembro

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2024, 10h53 - Publicado em 12 dez 2012, 16h45

O Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve, ou Fed) ampliou nesta quarta-feira suas medidas de estímulo à economia americana, expressando decepção com o ritmo da recuperação do emprego e as incertas negociações orçamentárias entre a Casa Branca e o Congresso, que podem culminar no ‘abismo fiscal’ – série de aumentos de impostos e cortes de gastos que poderão levar o país a uma nova recessão em 2013.

A autoridade monetária substituiu um programa de estímulo mais modesto que vence no final do ano por uma nova rodada de compra de títulos do Tesouro, como forma de injetar mais dinheiro na economia – chamada, no jargão econômico, de quantitative easing, ou afrouxamento quantitativo.

Gatilhos – O Fed comprometeu-se a adquirir 45 bilhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA, além dos 40 bilhões de dólares em ativos hipotecários que começou a comprar em setembro. O Fed também estabeleceu gatilhos numéricos – fatores que o levariam a alterar a política monetária e que substituem a metodologia anterior, baseada em datas do calendário – como guias para sua política monetária. Tal medida surpreendeu, pois não era esperada antes do início do próximo ano.

A autoridade monetária americana explicou que deverá manter os juros oficiais quase zerados enquanto o desemprego permanecer acima de 6,5%, as projeções de inflação entre um e dois anos forem menores do que 2,5% e as expectativas de inflação no longo prazo permanecerem contidas.

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O Fed notou ainda que o desemprego mantém-se elevado e que a inflação está abaixo do objetivo de 2%. “O comitê ainda teme que, sem afrouxamento suficiente, o crescimento econômico pode não ser forte o bastante para proporcionar melhora sustentável nas condições do mercado de trabalho”, afirmou o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês, e equivalente ao Copom brasileiro) do Fed em comunicado.

Autoridades também repetiram uma promessa de continuar a comprar bônus até que as perspectivas para o mercado de trabalho melhorem significativamente. Uma queda na taxa de desemprego para 7,7% em novembro, ante os 7,9% registrados em outubro, foi ocasionada, sobretudo, por trabalhadores que deixaram a força de trabalho, e, portanto, não chegou perto de satisfazer essa condição.

Impressão de dinheiro – A nova rodada de compra de ativos pelo governo anunciada nesta quarta será financiada essencialmente por meio da impressão de mais dinheiro. O Fed praticamente zerou as taxas de juro em dezembro de 2008 e comprou cerca de 2,4 trilhões de dólares em bônus – num esforço para reduzir os custos de financiamento e desencadear uma recuperação mais forte da economia dos EUA.

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Apesar dessas tentativas agressivas e não convencionais, o crescimento econômico norte-americano segue morno. O Produto Interno Bruto (PIB) avançou a uma taxa anualizada de 2,7% no terceiro trimestre, mas parece agora estar desacelerando de forma acentuada. Segundo levantamento da Reuters divulgado nesta quarta-feira, economistas esperam que a economia registre expansão de apenas 1,2% no último trimestre do ano.

O setor corporativo adotou uma postura defensiva, temendo um arrocho na política fiscal à medida que políticos em Washington debatem possíveis soluções para evitar uma combinação de 600 bilhões de dólares em aumentos de impostos e cortes de gastos que passam a valer automaticamente no início de 2013. Bernanke alertou que essa combinação, conhecida como abismo fiscal, levaria a economia a uma nova recessão.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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