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BC atua, mas dólar alcança maior nível desde abril de 2009

Moeda chegou a ser cotada a 2,16 reais, mas teve leve queda após dois leilões do Banco Central e encerrou o dia a 2,14 reais

Por Da Redação
10 jun 2013, 17h34

O dólar voltou a fechar em alta ante o real nesta segunda-feira, apesar de o governo ter anunciado recentemente medidas para atrair capital externo e das atuações constantes do Banco Central (BC) no mercado de câmbio. Pouco depois do meio-dia desta segunda, a moeda norte-americana alcançou 2,16 reais, intensificando as preocupações do mercado com a inflação. A situação fez o BC anunciar, em sequência, dois leilões de venda de dólares no mercado futuro.

Com as operações, a autoridade monetária conseguiu segurar o avanço da moeda americana. O impacto foi momentâneo e não ajudou a derrubar a cotação em relação a sexta-feira. No fim do dia, o dólar à vista fechou com elevação de 0,56%, cotado a 2,1480 reais. Esse é o maior patamar desde 30 de abril de 2009, quando a moeda encerrou em 2,1880 reais. No ano, a divisa dos EUA acumula alta de 5,04% ante o real.

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Disparada – Na cotação máxima, verificada às 12h04, o dólar atingiu alta de 1,12% e era cotado a 2,16 reais no balcão. Na mínima, após os dois leilões do BC, a moeda norte-americana atingiu 2,1340 reais – queda de 0,09% ante sexta.

Pela manhã, o dólar apontava forte alta ante o real, após o anúncio da aceleração da inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) na primeira prévia de junho (0,43%, ante 0,03% da primeira prévia de maio) e da divulgação de indicadores fracos de importação e exportação na China. As preocupações com a inflação e com a economia chinesa – forte compradora de commodities – reforçaram a percepção de que a economia brasileira vai mal. Profissionais lembraram que, na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) já havia reduzido a perspectiva de rating do Brasil e de várias empresas do país.

Ao mesmo tempo, as medidas do governo – entre elas de zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos de estrangeiros em renda fixa – ainda não elevaram a entrada de dólares no país. Pelo contrário, analistas do mercado financeiro disseram que investidores em renda fixa estavam aproveitando a mudança para retirar recursos do Brasil para, no futuro, voltar a investir sem precisar pagar impostos.

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“Esperávamos que a redução do IOF gerasse um impacto maior (de entrada de dólares), porque você tem, aliado à isenção de imposto, a alta da Selic”, comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. “Mas parece que o investidor não está muito confiante, ainda mais que teve a redução da perspectiva de rating do Brasil.”

João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora, acrescentou que “o BC mostrou que não quer um dólar acima de 2,15 reais, porque nós temos um problema sério, que é a inflação. Ele fez dois leilões hoje por conta disso, mas a desconfiança em relação ao país faz a alta do dólar persistir.”

No exterior, a trajetória de alta do dólar também foi vista depois de a S&P ter anunciado revisão da perspectiva do rating AA+ dos EUA de negativa para estável. Com isso, o dólar ganha força na comparação com outras moedas.

(com Estadão Conteúdo)

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