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Argentina congela preços de combustíveis por 6 meses

Depois de proibir aumento de preços nos supermercados, governo de Cristina Kirchner, agora, vetará postos de gasolina

Por Da Redação
10 abr 2013, 15h41

A Argentina voltou nesta quarta-feira a executar políticas populistas perigosas: congelou o preço dos combustíveis por seis meses, em uma nova tentativa de conter a alta inflação. Segundo o secretário de Comércio Exterior do país, Guillermo Moreno, o objetivo do governo é evitar a especulação e distorções no fornecimento de produtos e serviços deste setor. O preço base será o de terça-feira.

A YPF, companhia de petróleo e gás do país nacionalizada no ano passado, comunicou que a resolução não alterará sua política de preços e não vai alterar seu plano de negócios para este ano. Ela ressaltou que vai manter sua política de preços de acordo com sua “conveniência”. Desta forma, o ônus terá de ser absorvido pelos postos de gasolina. O objetivo velado da medida é conter o avanço da inflação.

O presidente da Federação de Distribuidores de Combustíveis (Fecac, na sigla em espanhol), Raúl Castellano, disse, nesta quarta-feira, que foi surpreendido pela decisão e advertiu que isto vai complicar a negociação com os sindicatos do setor, que pedem aumento de salário da ordem de 30%. Para ele, mesmo um aumento menor é “impossível” porque os postos de combustíveis não poderão repassar esse aumento de custo com os trabalhadores ao produto final.

Esta não é a primeira medida intervencionista que o governo de Cristina Kirchner anuncia este ano. Um plano semelhante foi divulgado em fevereiro, quando os supermercados foram obrigados a congelar os preços por 60 dias para conter a escalada inflacionária. Economistas independentes acreditam que o aumento de preços no país está na casa de 20% ao ano, mas o governo defende que o número é bem menor, em cerca de 10%. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), ligado ao governo, a inflação fechou 2012 com alta de 10,8%, enquanto cálculos não oficiais apontavam 25,6%. O Fundo Monetário Internacional chegou a reprovar a qualidade das estatísticas da Argentina em fevereiro.

Analistas atribuem a inflação à política do banco central argentino para financiar os gastos públicos. A poucos meses das eleições parlamentares (em novembro), a escala de preços tem ferido a popularidade da presidente argentina, que estava em apenas 30% de aprovação do governo no fim de 2012, de acordo com uma pesquisa divulgada no país. Em outubro de 2011, quando foi reeleita, ela estava em 64%.

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