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Após sondagem do BC, dólar encerra abaixo de R$ 2,08

Moeda teve queda nesta segunda após fala do diretor do Banco Central apontando que ainda existe espaço para diminuir câmbio

Por Da Redação
10 dez 2012, 17h20

O dólar permaneceu com sinal negativo durante o dia, refletindo a sondagem do Banco Central, na sexta-feira, sobre leilão de moeda e as declarações do diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, nesta segunda-feira.

A moeda abriu em baixa, mas ainda acima do patamar de 2,08 reais. Pouco antes de o diretor do BC dizer que “o dólar está cima do modelo do BC”, a moeda havia tocado a máxima de 2,0840 reais (-0,14%). Depois das declarações, o dólar aprofundou o declínio para, ao fim do pregão, encerrar cotado a 2,0780 reais no mercado à vista de balcão, em baixa de 0,43%.

Nesta segunda-feira, o BC não fez leilão de moeda até o fechamento do dólar à vista (spot). Na sexta-feira, o BC havia sondado o mercado para leilão de linha e para swap cambial (venda de dólares). O mercado à vista estava fechado na ocasião e, por isso, a reação no momento ficou concentrada no mercado futuro, que inverteu sinal de alta para declínio.

“Hoje, o mercado (spot) vem em queda depois da sinalização do BC. O mercado assimilou o recado dado na sexta-feira”, disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora de Câmbio, Reginaldo Siaca. O profissional cita que a fala de hoje do diretor do BC é semelhante à que foi veiculada por intermédio de fontes da autoridade monetária na quinta-feira passada, de que a taxa de câmbio “tem muita espuma”.

Nesta segunda-feira, Mendes citou que há “gordura no câmbio”, porque o dólar está cotado acima do modelo do Banco Central. Para o sócio-gerente da Onnix Corretora de Câmbio, Vanderlei Muniz, “se o dólar for a 2,15 reais ou a 2,20 reais, a inflação volta a subir de novo”. O estrategista considera a possibilidade de o dólar cair para um nível entre 2,04 reais e 2,05 reais. “A tendência é que isso aconteça. Pois houve mudança em regras que deve fazer com que, no curto e médio prazos, haja entrada de dólares de novo. Empresas grandes vão utilizar financiamento barato lá de fora”, observou Muniz, em referência à alteração, anunciada na última semana, nas regras de pagamento antecipado e IOF sobre empréstimos externos.

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Aldo Mendes reiterou as afirmações de que o “BC está pronto para garantir a liquidez necessária. Iremos oferecer a moeda que a economia demandar”, afirmou, em seminário no Rio de Janeiro.

Na máxima do dia, a moeda à vista bateu em 2,0840 reais no balcão e tocou em 2,0760 reais, na mínima do dia. Na BM&F, a moeda à vista fechou cotada a 2,0785 reais, com recuo de 0,11% e 16 negócios. Perto das 17 horas, o dólar para janeiro de 2013 era cotado a 2,0825 reais, em alta de 0,02%.

A percepção de estrategistas é de que o dólar futuro só não recuou mais em razão dos temores ligados à Itália. O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, comunicou ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, que ficará no cargo somente até o Parlamento aprovar o orçamento de 2013, o que deverá ocorrer no fim de dezembro ou no começo de janeiro. Monti disse que os mercados financeiros não deveriam “temer um vácuo político” no país.

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Mais cedo, pesou sobre a moeda australiana a divulgação de números fracos para o comércio exterior da China, com exportações subindo 2,9% em novembro ante o mesmo mês de 2011.

(com Estadão Conteúdo)

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