Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Após Fed, Tesouro vai recomprar títulos da dívida para conter juros futuros

Recompra será na quinta-feira. Instrumento não é usual na administração pública, servindo apenas em momentos de grande instabilidade

Por Da Redação
19 jun 2013, 22h11

O Tesouro Nacional realizará na quinta-feira leilões extraordinários de recompra de títulos públicos por prever que os mercados abrirão com instabilidade, após o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, sinalizar que pode começar a reduzir ainda este ano os estímulos monetários na maior economia do mundo.

O Tesouro fará leilões de recompra de títulos prefixados e atrelados à inflação – repetindo a atuação de terça-feira para reduzir a volatilidade no mercado secundário de títulos públicos. Esse instrumento não é usual na administração da dívida mobiliária e tinha sido utilizado pela última vez em 2008. “Após o comunicado do Fed, a avaliação é que o mercado deve precisar de parâmetros de preços”, disse um técnico do Tesouro sob condição de anonimato. “Isso norteou a decisão dos leilões extraordinários”, acrescentou.

Leia também:

Dólar fecha a R$ 2,22, maior nível desde abril de 2009 – e bolsa despenca

Na última terça-feira, o Tesouro atuou porque a volatilidade do mercado acabou refletindo na forte elevação das taxas de juros futuros dos contratos de depósitos interfinanceiros negociados na BM&F. Na oportunidade, o Tesouro ofertou 2 milhões de títulos, mas comprou apenas 200 mil. A ação do Tesouro, no entanto, teve pouco efeito sobre as taxas DIs.

Continua após a publicidade

O leilão desta quinta-feira tem como objetivo a recompra de papéis LTN, NTN-F e NTN-B. Os detalhes da oferta serão divulgadas às 10 horas de quinta-feira. O leilão dos papéis prefixados ocorrerá às 11h30 e os outros às 13 horas (horário de Brasília).

O Tesouro considera que a atual instabilidade nos mercados secundários tende a se estabilizar após os agentes digerirem as informações do banco central dos EUA. “Situação de perda de parâmetro tende a se estabilizar. Ela ocorreu pelas incertezas relacionadas ao Fed”, disse o técnico, citando que atualmente há um descolamento entre os preços dos papéis da dívida pública e os fundamentos do Brasil. “Quando há uma grande incerteza internacional, existe um movimento meio irracional. E gera um efeito espiral. E aí é a hora de o governo agir”, afirmou o técnico.

Após o Fed decidir nesta quarta-feira deixar inalterada a sua política monetária, o chefe da instituição, Ben Bernanke, disse que o programa de estímulo monetário poderá começar a ser reduzido no fim deste ano e encerrado no meio de 2014 se as projeções para a economia se confirmarem. O BC dos EUA compra mensalmente 85 bilhões de dólares em títulos da dívida do país e papéis lastreados em hipotecas.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.